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Conheça a famosa farofa de tanajura servida em bar do Litoral de SP; ASSISTA

Reportagem do Diário do Litoral experimentou a iguaria nordestina e conversou com a comerciante premiada pelo prato

Luana Fernandes

Publicado em 03/07/2024 às 12:35

Atualizado em 03/07/2024 às 16:09

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Farofa de tanajura é um prato tipicamente nordestino e rico em proteínas / Luana Fernandes/DL

Subindo a Rua 8 do histórico bairro Fabril, em Cubatão, é possível encontrar um pedacinho do Nordeste. Lá, o quintal da pernambucana Maria Francisca da Silva Lima, de 66 anos, carinhosamente chamada de Dona Piquena, funciona como bar, restaurante, Casa do Norte e até palco para aquele forró dos bons. Foi neste cenário que a reportagem do Diário do Litoral experimentou, pela primeira vez, a famosa farofa de tanajura.

Sim. Você não leu errado. O prato de atta cephalotes - a conhecida formiga tanajura - é nordestino, mas é uma herança dos costumes indígenas. Uma das iguarias mais tradicionais do Nordeste também virou um dos pratos mais pedidos pelos clientes da Dona Piquena.

“Só tem tanajura em janeiro, mas tem gente que já encomenda. Quando chega é uma loucura. Tenho clientes em toda a Região”, explica a comerciante, que traz o inseto diretamente de Pernambuco. Por lá, 1kg de formiga tanajura - rica em proteínas - custa, aproximadamente, R$ 150. 

A farofa de tanajura é uma tradição familiar para Piquena. E foi por querer perpetuar estes costumes entre os seus que a comerciante - que está em Cubatão há mais de 40 anos - incluiu o prato em seu cardápio. Até o neto, de 3 anos, já come a iguaria. “Ele come de tudo. Quis trazer o que aprendi lá no Nordeste para cá, mostrar como eu vivia para o meu filho e minha família”, comenta.

O prato é famoso em Cubatão. Na extinta festa “Danado de Bom”, festival que celebrava a cultura nordestina tão presente na Cidade, a farofa de tanajura da Dona Piquena foi premiada como o melhor prato nordestino da Região. Durante o evento, a história da pernambucana foi exaltada.

Conheça mais sobre Dona Piquena, a rainha da farofa de tanajura

Maria Francisca nasceu na cidade de Bezerros, em Pernambuco, município famoso por seu carnaval e os papangus mascarados que desfilam nos dias de folia. Desde criança, trabalhou na roça, carpindo, fazendo carvão e cuidando das criações. Aos 23 anos de idade, dona Piquena embarcou com o marido em uma Brasília amarela com destino a Cubatão.

Ao chegar ao Município, a pernambucana e o marido moraram na Rua Espanha, no Jardim Casqueiro, em um imóvel alugado. Pouco tempo depois, mudaram-se para o Pinheiro do Miranda, onde vivem até hoje. Seu marido, Severino, trabalhou por algum tempo nas indústrias do polo industrial e decidiu, ao mesmo tempo, montar um bar que se tornou um ponto de referência do bairro.

E foi assim que Dona Piquena descobriu seu talento para cozinha. Com refeições inspiradas na culinária nordestina, conseguiu fregueses fiéis que se deslocam de bairros distantes e até outras cidades só para saborear receitas especiais, como o feijão de corda, sarapatel e a famosa farofa de tanajura. “Eu amo Cubatão. Aqui fui bem acolhida trazendo um pouco do que aprendi na minha terra”, orgulha-se.

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