A Tipuana tipu consegue sobreviver e crescer em meio a prédios e períodos de seca / Reprodução/National Tropical Botanical Garden
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As mudanças climáticas já estão acontecendo em todo o mundo e seus efeitos podem ser sentidos até pelos que ainda dizem que tudo está normal. Os grandes centros urbanos, como São Paulo, estão vivenciando períodos mais longos de seca e ondas de calor cada vez mais fortes e duradouras. Mas o que pode ser feito?
Medidas radicais já deviam ter sido tomadas há, pelo menos, duas décadas, quando os primeiros sinais de um notável aquecimento do planeta começaram a surgir diante dos olhos de pesquisadores de todo o mundo, que até começaram a fazer os alertas, mas quase não foram ouvidos.
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É claro que ainda dá tempo de tentar minimizar os efeitos catastróficos dessas alterações da natureza, e uma das saídas está em uma árovre conhecida como Tipuana tipu, típica do norte da Argentina e sul da Bolívia.
Ela já está presente em algumas cidades brasileiras desde o século 20, mas foi estudada por um grupo de pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, com resultados animadores: ela é capaz de tolerar todo o estresse das grandes cidades, se mantendo viva e crescendo mesmo em grandes períodos de calor e seca, o que vem - e vai acontecer ainda mais - em São Paulo.
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A espécie tem excelente resistência para sobreviver ao lado de prédios, edifícios, casas, comércios etc., e é vista como um plano eficiente de reflorestamento urbano, que pode atenuar os dias quentes em diversos bairros e ruas da Capital, já que, no calor, o que buscamos é sombra e água fresca, e a Tipuana tipu garante essa sombra.
Toda a análise da árvore foi feita sem precisar derrubá-la, e, sob a supervisão do professor Marcos Buckeridge, do Instituto de Biociências (IB) da USP e orientador do estudo, que utilizou a técnica de utilizou uma sonda para retirar pequenas amostras de tecido dela.
É um passo importante para os líderes que levam a sobrevivência humana na Terra a sério e que planejam minimizar os efeitos de uma bomba-relógio sobre todos nós, já que algumas estimativas apontam para severas ondas de calor que podem durar até 150 dias.
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