O Caburé (Glaucidium brasilianum) foi encontrado sem lesões aparentes por um morador, mas apresentava desorientação e dificuldades para alçar voo / Foto: Cetas Juréia-Peruíbe
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Murucututu-de-barriga-amarela, Caburé, Coruja-do-mato e a Coruja-buraqueira. Estas foram as 4 espécies de corujas resgatadas para tratamento no litoral de São Paulo, pelo pessoal do CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres - Juréia/Peruíbe).
A Murucututu-de-barriga-amarela (Pulsatrix koeniswaldiana) foi vítima de colisão. Estava caída em frente a um condomínio e com uma lesão na asa esquerda e outra no bico. De acordo com os técnicos, o animal vai passar por exames de imagens e raio-X para fechar o diagnóstico e tratamento.
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O Caburé (Glaucidium brasilianum) foi encontrado sem lesões aparentes por um morador, mas apresentava desorientação e dificuldades para alçar voo. O animal foi medicado e mantido em quarentena para observação por suspeita de colisão. Após 72 horas, foi devolvido na mesma área onde foi resgatado.
A Coruja-do-mato (Strix virgata) colidiu com um prédio, estava magra e com uma lesão no bico. Após o período de tratamento, que envolveu medicamentos, alimentação balanceada e um período de fisioterapia, a soltura autorizada foi realizada em área preservada do município.
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A Coruja-buraqueira (Athene cunicularia), ave símbolo de Peruíbe, foi encontrada caída em via pública, com dificuldades para voar e com uma fratura na asa esquerda. O animal foi estabilizado e submetido a cirurgia para colocação de pino ortopédico, está se recuperando e o prognóstico é favorável para seu retorno para natureza.
Para o biólogo, Thiago Nascimento, responsável pelo CETAS, é comum a entrada de aves, vítimas de colisão. Só de corujas, ele contou que já foram reabilitadas várias espécies, como a Coruja-orelhuda, Coruja-do-mato, Coruja Suindara, Coruja-buraqueira, Murucututu e outras. Só no mês passado, o CETAS Juréia-Peruíbe recebeu 72 animais para atendimento, quando 23 foram devolvidos a natureza, mas 14 vieram a óbito:
“O restante permanece em reabilitação, mas sem previsão para soltura, pois parte desse número corresponde a filhotes órfãos, animais em recuperação pós-cirúrgico e espécie fora de área de distribuição natural, o que impede a soltura na natureza”, disse ele.
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