Diário Mais
Escolas, lojas e próprios públicos. Muitos nomes conhecidos pelos moradores da Baixada Santista já completaram um século de existência
O Mercado Municipal foi inaugurado em 1902, reunindo os dois estabelecimentos do gênero que funcionavam na cidade / Divulgação/PMS
Continua depois da publicidade
As cidades da Baixada Santista são parte da história do Brasil. E junto com a história do País, muitos comerciantes e empresários encontraram no Litoral de SP a oportunidade perfeita para instalarem seus negócios. Nem todos resistiram ao avanço do tempo, mas muitos se inovaram com o passar dos anos e resistem até hoje.
Escolas, lojas e próprios públicos. Muitos nomes conhecidos pelos moradores da Baixada Santista já completaram um século de existência. Conheça a seguir um pouca da história de 10 lugares que servem a Região há mais de 100 anos:
Continua depois da publicidade
Este lugar é um verdadeiro patrimônio cultural e gastronômico de São Vicente. Fundado por dona Maria Blume, em 24 de abril de 1921. As bananadas sempre foram o carro-chefe, além do doce de abóbora, com receitas da fazenda, mas outras tentações da doceria são o doce de batata roxa, o quindim e a cocada assada, delícias que já renderam prêmios e destaques em veículos de comunicação de todo o Brasil.
Toda a produção da Casa das Bananadas, que não se resume ao doce de banana, é artesanal, sem conservantes e, no melhor estilo 'doce de vó', as receitas são feitas 'a olho'. A casa fica na Av. Newton Prado, 49, no Morro dos Barbosas. Todos os dias, das 8h às 19h.
Continua depois da publicidade
Inaugurado em 1902, reunindo os dois estabelecimentos do gênero que funcionavam na cidade, o Mercado Municipal dispõe de 54 boxes, 28 dos quais destinados a açougues, empórios, hortifrutigranjeiros, laticínios, peixarias, artesanatos e floriculturas, que atendem no atacado e varejo.
Os demais 26 boxes, localizados no mezanino, comercializam antiguidades. Regularmente, há apresentações culturais, eventos, festas e festivais. O próprio público fica na Praça Iguatemy Martins, na Vila Nova.
A loja do Boqueirão é uma das mais antigas de Santos: a fundação é de 1918. Criada por imigrantes portugueses, o nome da loja faz alusão ao país de origem dos fundadores. A data cívica portuguesa - 5 de outubro - foi o dia da Proclamação da República, em Portugal, ocorrida em 1910.
Continua depois da publicidade
O antigo armazém, situado a poucos metros do atual local, na mesma avenida, foi ganhando a confiança de seus consumidores, no então crescente bairro do Boqueirão, onde havia o famoso "Recreio Miramar", na Avenida Conselheiro Nébias.
Do antigo armazém às atuais instalações, com mais de 10.000 itens, que vão desde borrachas de panela de pressão aos sofisticados acessórios de informática. A loja fica na Av. Dr Epitácio Pessoa, 31, em Santos.
A ideia é de 1905, mas só dois anos depois que o empresário José Puglisi Carbone conseguiu tirar do papel o sonho de construir do Moinho Santista. Visionário, ele acolheu a sugestão de um jovem italiano, de nome Giovanni Ugliengo, entendido nas artes moageiras, e resolveu colocar boa parte de seu patrimônio naquele sonho.
Continua depois da publicidade
Com o apoio de empresários e amigos, em 1907, Carbone conseguiu erguer a primeira unidade moageira, em frente ao armazém 9 do Porto, à rua Xavier da Silveira. O complexo englobava o edifício de moagem e nove silos cilíndricos - os primeiros do mundo erguidos em construção metálica.
Com mais de 100 anos de história, o Moinho Santista se reinventou e atualmente continua sendo uma das maiores empresas atuando no Porto de Santos.
Fundado em 1922, o Educandário Anália Franco é uma entidade sem fins lucrativos, filantrópica que atende gratuitamente crianças e adolescentes na creche, pré-escola e no acolhimento institucional.
Continua depois da publicidade
Com muita dedicação de diretores, funcionários, apoiadores, voluntários e o auxílio da comunidade santista, as dificuldades são vencidas paulatinamente, formando centenas de jovens.
Existe, de fato, desde 1917, porém sua data oficial de fundação é 28 de junho de 1922, como Associação Creche Asylo Anália Franco, quando foi reorganizado por um grupo de eminentes cidadãos da sociedade santista.
Durante esses anos, o Educandário Anália Franco mudou sua sede da Rua do Rosário para a Av. Ana Costa, e teve oportunidade de adquirir (com o apoio da Loja Maçônica Fraternidade de Santos) o terreno onde conseguimos realizar a construção de sua sede atual.
Continua depois da publicidade
O Estádio Urbano Caldeira, mais conhecido como Vila Belmiro, é um dos estádios de futebol mais antigos do Brasil, foi inaugurado em 12 de outubro de 1916, mas sua primeira partida oficial só foi realizada 10 dias depois, quando o Santos venceu o Ypiranga por 2 a 1 pelo Campeonato Paulista de 1916.
Antes de ter seu campo, o Santos FC chegou a mandar seus jogos em três estádios diferentes: Campo da Avenida Ana Costa, Campo da Avenida Conselheiro Nébias e o Campo do Clubes dos Ingleses, como eles também eram usados por outros clubes da cidade, passou então a necessidade do Alvinegro ter seu próprio estádio.
A Panificadora Seara funciona há mais de 100 anos sempre preservando a tradição, mantendo a excelência com produtos diferenciados e de alta qualidade. Em local privilegiado na Avenida Senador Feijó, o estabelecimento já recebe os clientes a partir das 6h da manhã com um dos café da manhã mais famosos da Cidade.
Continua depois da publicidade
A história do café e a cidade de Santos estão entrelaçadas. Este grão moldou a história e o desenvolvimento da Cidade para muito além das belas paisagens e do Porto movimentado.
O Rei do Café, por exemplo, é a mais antiga tradicional casa de café de Santos em funcionamento, onde são realizados diariamente processos simples de torra de grãos tradicionais e especiais em lenha de eucalipto, resfriados a ar, moídos e embalados.
O estabelecimento ocupa o mesmo endereço desde sua fundação em 1912, na Rua Gonçalves Dias, 34/36, no Centro.
Continua depois da publicidade
O Colégio Stella Maris, que completou 100 anos em fevereiro, ocupa um dos prédios mais antigos da Cidade: a Casa da Torre, uma edificação construída por Domingos Citti em 1909.
A instituição educacional foi instalada efetivamente em janeiro de 1924, após Dom Duarte Leopoldo e Silva, arcebispo metropolitano de São Paulo, convencer as religiosas da Congregação de Nossa Senhora Cônegas de Santo Agostinho da necessidade de haver um colégio em Santos como o que tinha em São Paulo, o Des Oiseaux.
Após muita procura, as madres encontraram a Casa da Torre e as aulas iniciaram em fevereiro de 1924 com 30 alunas matriculadas. Durante o funcionamento do colégio foram feitos acréscimos na construção, como a parte da clausura, salas de aula e biblioteca, entre 1927 e 1928, capela e salão de festa em 1940.
Em 1º de fevereiro de 1924, deu-se início às aulas no São José de Santos, trabalho organizado pela Irmã Maria Simpliciana e mais quatro irmãs: Irmã Maria Leontina Amstalden, Maria Leticia de Jesus Franzen, Maria Edith Renaudin e Guilhermina.
Elas foram acolhidas numa família de alta classe de Santos, a família Vaz Guimarães e começaram uma escola pequena, na Rua Dr. Chrome, 53, após a Madre Maria Teodora Voiron, superiora provincial da época, perceber que Santos havia uma carência de escolas para meninas.
Mas logo o colégio precisou de mais espaço. Por isso, um novo prédio foi construído para comportar o número maior de alunos e oferecer mais conforto. Em abril de 1925, o Colégio São José passou a funcionar na Avenida Ana Costa, nº 373, com 90 alunas.
Continua depois da publicidade