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Confira as 7 maravilhas que você precisa conhecer em Campinas

Pontos turísticos e históricos da Cidade escondem curiosidades e dispões de muitas atrações para turistas

Luana Fernandes

Publicado em 12/11/2024 às 19:15

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Escola de Cadetes do Exército é uma das maravilhas de Campinas / Divulgação

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A maior cidade do Interior de São Paulo tem “maravilhas” para chamar de suas e a reportagem do Diário do Litoral pode provar. Além de pontos turísticos importantes na Cidade, as chamadas 7 Maravilhas de Campinas também fazem parte da história do município.

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Em 2007, a população escolheu - através de uma votação em concurso na internet - as Sete Maravilhas da Cidade. E foram elas: Estação Cultura, Catedral Metropolitana, Parque Portugal (Lagoa do Taquaral), Jóquei Clube, Mercado Municipal, Escola Preparatória de Cadetes do Exército e Torre do Castelo.

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Nesse roteiro o visitante conhecerá os principais pontos turísticos de Campinas e um pouco sobre sua história como o Jockey Club Campineiro. Confira a seguir 7 maravilhas para conhecer na Cidade:

Jockey Club Campineiro

O prédio do Jockey Club, em Campinas, projetado pelo engenheiro Augusto Lefréve, é uma das joias de arquitetura da cidade. Com fachada e decoração de interior inspirados nos palacetes franceses do final do século XVIII, o local foi inaugurado em 1925.

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Antônio Egídio de Sousa Aranha, Francisco Elisiário, Francisco José de Camargo Andrade e José Francisco Aranha fundaram o Jockey Club de Campinas em 19 de setembro de 1877.

Da época da conclusão de sua sede até a década de 1970, o clube viveu um período de muito movimento, sendo palco de grandes festas da sociedade, recitais de piano, violino e canto das famílias tradicionais.

Com o fim das corridas de cavalos em Campinas, o clube entrou em decadência mas continuou a existir. O prédio foi completamente revitalizado, passando a abrigar além da sede do clube e de um restaurante pré-existente, uma casa noturna. Em 2008, a revitalização do edifício do Jockey Club foi concluída com a instalação de um projeto luminotécnico.

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O palacete do Jockey foi tombado como patrimônio histórico de Campinas em 1994. As visitas ao interior do prédio mediante agendamento. É necessário ligar para a secretaria do clube das 14h00 às 18h00, de segunda a sábado. O primeiro andar do clube está alugado para uma casa noturna, que promove baladas nas noites de sexta e sábado, a partir das 23h.

Entre as principais atrações do local está o elevador, modelo conduzido por ascensorista e com grades sanfonadas no lugar das portas. O equipamento, datado de 1906, funciona normalmente e está em perfeito estado de conservação.

Para quem prefere contemplar a fachada do Jockey Club, também pode-se conhecer o Monumento Túmulo do Compositor e Maestro Carlos Gomes, que fica na mesma praça. Para completar o tour, vale uma parada em alguns dos bares e lanchonetes que servem os clientes com mesas na calçada.

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Às quintas-feiras, das 9h às 15h, a Praça Bento Quirino, ao lado do Jockey, recebe uma feira de artes e artesanato. No local também há barracas de quitutes como pastéis, tortas, bolos, entre outros.

Catedral Metropolitana

Dedicada à Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Campinas, a catedral começou a ser construída em 6 de outubro de 1807, mas foi terminada somente em 8 de dezembro de 1883.

Com interior no estilo barroco e fachada neoclássica, a Catedral Metropolitana, tombada em 1988, é o maior edifício do mundo construído em taipa de pilão, com 4 mil metros quadrados.

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Seu altar-mor foi feito pelo escultor baiano Vitorino dos Anjos em cedro vermelho, com entalhes que representam períodos do barroco e rococó. A nave foi realizada por Bernardino Sena. A fachada, de Cristóvão Bonini, foi concluída por Ramos de Azevedo.

Com público diário que chega a 3 mil pessoas, atualmente, o templo católico passa por processo de restauro, mas permanece aberto e com a programação normal de missas. A fachada já foi recuperada e recebeu pintura na cor original amarelo ocre.

A cripta, localizada no subsolo, é a principal atração do local. Ela fica aberta para visitação pública das 8h às 11h e das 14h às 17h, de segunda a sexta-feira.

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Desde 1920, sete bispos foram sepultados no local: Dom João Batista Correa Nery (1863-1920), Dom Francisco de Campos Barreto (1877-1941), Dom Joaquim Mamede da Silva Leite (1876-1947), Dom Joaquim José Vieira (1836-1917), Dom Paulo de Tarso Campos (1895-1958), Dom Antônio Maria Alves de Siqueira (1906-1993) e Dom Bruno Gamberini (1950-2011).

Já o altar-mor demorou nove anos para ser esculpido. Seus ornamentos são extremamente trabalhados e ricos em detalhes, representando importante exemplar brasileiro do estilo barroco/rococó, lapidado pelo renomado artista baiano Vitoriano dos Anjos, entre outros.

O órgão de tubos da Catedral foi fabricado na França por Aristides Cavaillé-Coll, em 1883, recentemente recuperado e conta com apresentações. Já os sinos da Catedral badalam todos os dias do ano, desde 1883.

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Acionados pelo mecanismo do relógio fabricado em 1880, agora, só badalam durante o dia. Os moradores da região central da cidade pediram silêncio à noite. Mas a partir das 6h os sinos anunciam a alvorada e marcam o tempo em intervalos de 15, 30 e 60 minutos.

No interior do templo, há movelaria antiga composta de peças trabalhadas em madeiras, cadeiras austríacas, trono episcopal, crucifixo, lustres, candelabros de prata e sacristia. Acima da porta principal, cinco vitrais contam passagens da vida de Nossa Senhora e, por toda a lateral, avistam-se painéis retratando a Via Sacra.

As paredes foram piladas por mão de obra escrava utilizando o método de taipa de pilão, técnica de construção tradicional dominante no século XIX em todo território paulista. Sua história está intrinsecamente associada à constituição urbana de Campinas e ao seu desenvolvimento ao longo de todo o século XIX, registrando o período cafeeiro e o novo patamar de poder que ali se instalou na excelência de sua arquitetura.

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Mercado Municipal

O Mercado Municipal foi projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo e inaugurado em 1908 pelo prefeito Orosimbo Maia. O edifício segue estilo neomourisco, construído inicialmente para servir como armazém de estocagem dos produtos transportados pela ferrovia Funilense, funcionava no início do século 20 como entreposto de açúcar da Estrada de Ferro Funilense que ia até o Porto de Santos.

Na lateral do Mercado Municipal de Campinas, onde estão instaladas atualmente as peixarias, funcionava a plataforma de embarque da Estação Carlos Botelho, onde o trem parava para embarcar as sacas, no local também circulava charretes e os bondes que traziam homens e mulheres vestidos de forma elegantes se tornando um um ponto de "footing" da cidade, foi um dos primeiros pontos do comércio de Campinas e também por um longo período, local de encontro da elite artística e intelectual da cidade.

Em 1982 o prédio foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo), em 1995, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc). No ano de 1996 suas características originais foram recuperadas por uma nova reforma.

Em 2005 sofreu nova reforma no telhado e boxes, seu telhado teve sua fachada pintada em 2005 e as platibandas padronizadas tornando um cartão postal e uma das 7 maravilhas de Campinas.

Sua área total é de 7.720 m², sendo 3.110 m² de área construída, mais estacionamento e 143 boxes para venda dos mais diversos produtos.

Estação Cultura - Prefeito Antônio da Costa Santos

Inaugurada em 1884, a estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro é um marco no Centro de Campinas, mantendo todo o esplendor da época cafeeira. Construída com tijolos importados da Inglaterra, preserva até hoje a arquitetura que remete à Era Vitoriana.

A estação manteve viagens de trens de passageiros até 2001, quando o serviço foi desativado e o espaço acabou ocupado pela Prefeitura para a realização de atividades culturais. Hoje denominada como Estação Cultura “Prefeito Antonio da Costa Santos”, o lugar é palco de espetáculos de música, dança, teatro, feiras literárias, gastronômicas, entre outros eventos.

A variada programação integra o calendário cultural da cidade ao longo de todo o ano, com maior intensidade nos finais de semana. Entre as principais atrações está o ferromodelismo. Instalada na antiga Cabina 2, a maquete atrai adultos e crianças aficionados por miniaturas. São 300 metros de trilhos, com duas linhas principais e diversas composições em uma paisagem totalmente brasileira.

O espaço é administrado pela Associação de Modelismo Ferroviário de Campinas (AMFEC) e está aberto ao público todos os sábados, das 9h às 17h. Durante a semana, é necessário o agendamento pelo telefone (19) 3705-8015.

Já a Sala dos Toninhos é um espaço de apresentações cênicas, com arquibancada para 70 pessoas e uma estrutura básica de luz e som. O local mantém agenda permanente de espetáculos de pequeno porte de grupos independentes de teatro.

O Salão Internacional, instalado há quase meio século no local ao auge do transporte ferroviário de passageiros, resiste bravamente à mudança dos costumes. O salão também oferece cortes de cabelo e tem atendimento unissex. Mais informações: (19) 3236-5982.

Localizado no saguão de entrada, o Bar da Estação funciona há mais de 50 anos no local, desde os áureos tempos da ferrovia. Aberto de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, vende salgados e bebidas. Em noites de eventos, funciona até mais tarde e também abre aos sábados e domingos dependendo da programação cultural.

Comandado pelo artista Sebastian Marques, o Vagão de Bonecos mantém um rico acervo do teatro de fantoches, que encanta crianças e adultos. O espaço, único no País, realiza oficinas de mamulengos, arte dramática reconhecida como patrimônio imaterial do Brasil. As aulas são realizadas nas noites de quarta-feira e manhãs de sábado. As apresentações de espetáculos ocorrem regularmente, de acordo com a programação da Estação Cultura.

Dicas e Curiosidades

A estação ferroviária foi ponto de partida dos soldados constitucionalistas que seguiam para os campos de batalha na Revolução de 1932. 

Do lado externo da estação, é possível acessar um túnel de pedestres de 200 metros de extensão, construído em 1918. A passagem liga o centro da cidade à Vila Industrial. Quem caminha por ali tem a sensação de voltar a “era de ouro” das ferrovias, no início do século 20.

O local serviu como estação ferroviária até 15 de março de 2001, época em que partiu o último trem de passageiros com destino a Araraquara. Desde de julho de 2003, com a desativação completa da Rede Ferroviária Federal S/A, passou a abrigar o espaço cultural administrado pela Prefeitura. Mas a linha férrea permanece como ponto de passagem de trens de carga.

Torre do Castelo

A Torre do Castelo, antes conhecida como O Castelo D'água, era uma caixa de água de 27 metros de altura construída em um dos pontos mais altos de Campinas, erguido em 1940 em local estratégico para o desenvolvimento urbano da cidade, foi criado para abastecer os bairros que se formavam na região norte.

Na década de 1970, o obelisco, construído em art déco, ganhou um mirante que proporciona uma visão de 360 graus da cidade. Em condições climáticas favoráveis, dá para enxergar até a Serra do Japi, a 40 quilômetros de distância.

Em 1972, a Torre foi reformada para abrigar uma sala circular e foi criado um novo projeto urbanístico na praça. Em 1991, o prédio recebeu novas alterações para a instalação do Museu Histórico da Sanasa.

Já em 1998, o edifício e a praça passaram por uma grande restauração para suas características originais.
É uma boa oportunidade para conhecer um pouco mais de Campinas: cada uma das seis janelas exibe um painel que indica os bairros localizados na direção correspondente.

O local fecha para o horário de almoço, das 12h às 13h, e em dias chuvosos. Para grupos, o agendamento pelo telefone (19) 3348-5613.

Escola Preparatória de Cadetes do Exército

O prédio da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em estilo colonial espanhol, é um dos ícones arquitetônicos mais admiráveis da cidade. A construção do complexo militar teve início em 1944, cujo projeto é de autoria do engenheiro e arquiteto Hernani do Val Penteado. 

O objetivo da instituição de ensino é selecionar e preparar o futuro cadete da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), iniciando a formação do oficial combatente do Exército Brasileiro. 

A EsPCEx conta anualmente com cerca de 500 alunos oriundos das diversas regiões do Brasil, que ficam alojados no local em regime de internato, onde recebem, além das aulas e das instruções, fardamento, alimentação e ajuda de custo.

Quando o projeto arquitetônico entrou em fase de acabamento, na década de 1970, optou-se pelo rosa. Essa era a cor das moradias existentes na área da antiga Fazenda Chapadão. O revestimento das construções era feito a partir de um composto de barro, óleo de baleia, cal e ostra moída, que resultava nessa tonalidade.

Dicas e Curiosidades

A EsPCEx é aberta a visitantes, mas é preciso estar atento a alguns requisitos: não é permitido circular pelo interior da instituição trajando chinelos, bermuda, camiseta, roupas demasiadamente curtas ou justas.

Para ter acesso ao local, é necessário apresentar um documento oficial de identificação pessoal válido no território nacional. No caso de estrangeiros, passaporte.

Os horários de visitas são das 7h30 às 12h30 e das 14h às 17h, de segunda a sexta-feira. Nos finais de semana, a escola também recebe visitantes.

Para grupos acima de três pessoas, é necessário solicitar a visitação pelo e-mail [email protected]. Desde 2017 a instituição passou a receber mulheres combatentes. A expectativa é de que 10% das vagas da escola sejam destinadas às alunas. 

Parque Portugal - Lagoa do Taquaral

A área popularmente conhecida como Lagoa do Taquaral constitui-se um dos mais importantes espaços de lazer da cidade de Campinas. Integrada no passado à histórica Fazenda Taquaral, os 33 alqueires que compõem a área foram transformados em Parque no ano de 1972, após aquisição pela Prefeitura das terras da família Alves de Lima.

O Complexo Taquaral, reúne uma grande variedade de espaços recreativos e culturais, a começar pela Lagoa Isaura Telles Alves de Lima, na qual é possível passear de pedalinhos e assistir ao espetáculo de "águas dançantes" de uma fonte sonora aos finais de semana.

Na Lagoa há também uma réplica da Caravela Anunciação, nau que trouxe Pedro Alvares Cabral às terras brasileiras, com 29,65 m de comprimento por 8,64 de altura, 6 velas de tecido com a cruz da Ordem de Cristo ao centro.

Já na extensa área verde que rodeia a lagoa principal, tradicionalmente utilizado para caminhadas e corridas, encontram-se bosques destinados a piquenique; área com aparelhos de ginástica; 2 playgrounds, lanchonete, sanitários e um percurso de 3 km de bondinho (exemplares dos veículos que serviam Campinas até 1968).

Entre os equipamentos culturais, o Parque oferece a Concha Acústica, o Auditório Beethoven, o Museu Dinâmico de Ciências, o Museu do Esporte de Campinas, o Planetário, o relógio solar, o Centro de Vivência dos Idosos (no antigo Ginásio de Bocha ) e a Esplanada das Bandeiras (praça destinada a eventos cívicos e culturais).

Entre os equipamentos esportivos, encontram-se o Ginásio de Esportes “Alberto Jordano Ribeiro” (com quadra de vôlei e basquete); o Balneário Municipal (com 3 três piscinas abertas ao público); uma pista de cooper com extensão de 2.800 m; pista de aeromodelismo; pista de skate e patinação; ciclovia de aproximadamente 5 km e 16 quadras poliesportivas.

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