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Com salários acima de R$ 20 mil, setor de aviação tem escassez de mão de obra

Mesmo com boas médias salariais, o setor enfrenta escassez de profissionais qualificados em todo o país

Luna Almeida

Publicado em 16/04/2025 às 20:35

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O Brasil tem cerca de 28,9 mil pessoas autorizadas a pilotar aeronaves / Freepik/DC Studio

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Voar profissionalmente pode parecer um sonho distante, mas é também uma das carreiras com maior potencial de remuneração no Brasil. 

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Com salários que ultrapassam os R$ 20 mil em média, a profissão de piloto de aeronaves atrai muitos interessados, embora exija formação rigorosa, altos investimentos e anos de experiência até alcançar os postos mais bem remunerados.

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De acordo com dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego, existem diferentes categorias na aviação, com salários bastante variados conforme a função exercida, o tipo de aeronave operada e o segmento de atuação, como aviação comercial, agrícola ou offshore. 

Mesmo com boas médias salariais, o setor enfrenta escassez de profissionais qualificados, agravada pelos altos custos de formação e redução no número de centros de instrução.

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Categorias

A maior parte dos pilotos registrados no Brasil atua como piloto de aeronaves, função genérica que inclui o transporte de passageiros e cargas. 

Esses profissionais recebem, em média, R$ 20.172,92. Já os pilotos de ensaio, que operam aeronaves em testes e simulações, têm a maior média salarial do setor: R$ 24.736,57.

Instrutores de voo, que são responsáveis por treinar novos pilotos, recebem R$ 5.405,24. Os pilotos agrícolas, que operam em lavouras com funções como pulverização de agrotóxicos, têm remuneração média de R$ 6.624,72. 

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Os pilotos comerciais que não atuam em companhias aéreas ganham cerca de R$ 10.405,00, enquanto os pilotos comerciais de helicóptero recebem uma média de R$ 17.270,74.

Pisos salariais

Os pisos variam conforme o segmento da aviação e são definidos em acordos coletivos entre sindicatos e empresas. Em companhias aéreas comerciais, o piso de um comandante de jato ou turboélice é de R$ 11.122,70, e o de copiloto, R$ 5.797,99.

Em empresas de táxi aéreo, os valores são menores: comandantes de bimotores recebem R$ 4.461,50 e copilotos R$ 2.084,18. 

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Na aviação offshore, os salários sobem: R$ 7.621,20 para comandantes e R$ 3.599,00 para copilotos. Já pilotos agrícolas têm piso de R$ 3.720,23.

Além do salário-base, os pilotos ainda recebem diárias, alimentação e remuneração adicional conforme as horas voadas. A jornada, no entanto, é limitada por regulamentações específicas para cada tipo de aeronave.

No mar, o salário também é alto: a profissão de 'prático de navio' oferece salários que podem chegar a R$ 300 mil.

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Profissão dominada por homens

O Brasil tem cerca de 28,9 mil pessoas autorizadas a pilotar aeronaves, mas o número de habilitações válidas chega a 63 mil, pois um mesmo profissional pode estar apto a operar mais de um tipo de aeronave. 

Apesar do crescimento do setor, a participação feminina ainda é pequena: apenas 3,2% das licenças pertencem a mulheres.

Mercado internacional promissor

Para os profissionais que buscam oportunidades fora do Brasil, o mercado internacional pode ser ainda mais atrativo. Um copiloto na FlyDubai, nos Emirados Árabes Unidos, por exemplo, pode iniciar a carreira com ganhos mensais equivalentes a R$ 74 mil, incluindo benefícios. 

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Já nos Estados Unidos, a média salarial anual de pilotos, copilotos e engenheiros de voo em companhias aéreas chega a US$ 171.210, o equivalente a cerca de R$ 85,3 mil por mês.

Com mais de 150 mil profissionais empregados nos EUA, o setor internacional já absorve muitos brasileiros. 

A tendência é que a demanda global por pilotos cresça ainda mais nos próximos anos, devido à concorrência entre companhias aéreas e à dificuldade de formação de novos profissionais.

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