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Com mais de 3km, maior cachoeira do mundo fica dentro do oceano; entenda

A cachoeira submersa tem quase três vezes a altura da maior encontrada em superfície

Luna Almeida

Publicado em 18/04/2025 às 21:07

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O fenômeno movimenta mais de três milhões de metros cúbicos de água por segundo / Reprodução/Youtube

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Ela é maior que qualquer outra cachoeira conhecida na superfície da Terra, mas não está visível a olho nu. A maior queda d’água do planeta acontece de forma silenciosa e contínua no fundo do mar, no Estreito da Dinamarca, entre a Islândia e a Groenlândia, no Atlântico Norte.

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Com mais de três quilômetros de altura e largura de até 160 km, a cachoeira submersa do Estreito da Dinamarca supera em quase três vezes a altura do Salto Ángel, na Venezuela, considerada a mais alta do mundo na superfície, com 979 metros. 

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O fenômeno movimenta mais de três milhões de metros cúbicos de água por segundo, consolidando-se como a maior catarata oceânica já registrada.

Como se forma essa cachoeira submarina

A impressionante queda d’água ocorre devido ao encontro entre águas frias e densas do Ártico com águas mais quentes do mar de Irminger. 

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Quando essas correntes se encontram, a água fria, por ser mais densa, afunda sob a água quente e desliza rapidamente pela inclinação do relevo oceânico, formando a monumental corrente descendente.

No local, a profundidade do oceano muda abruptamente de 500 metros para mais de 3 mil metros em poucos quilômetros. Essa variação de relevo potencializa o movimento da água fria, criando uma verdadeira cachoeira nas profundezas do mar.

Expedição internacional para estudar o fenômeno

Para investigar o funcionamento e os efeitos desse fenômeno, cientistas da Universidade de Barcelona, em parceria com outras instituições europeias, realizaram a expedição FAR-DWO entre julho e agosto de 2023. 

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A bordo do navio Sarmiento de Gamboa, os pesquisadores navegaram pelas águas geladas do Atlântico Norte com o objetivo de entender como a corrente acelerada influencia a paisagem submarina e transporta sedimentos.

O estudo também buscou avaliar os impactos do aquecimento global sobre esse processo. 

O aumento da temperatura dos oceanos e a redução do gelo marinho no Ártico comprometem a formação dessas correntes densas e frias, enfraquecendo as cachoeiras submarinas. 

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Regiões como a costa catalã já enfrentam alterações nesse fluxo, o que pode afetar diretamente a regulação climática e os ecossistemas marinhos profundos.

Essa descoberta reforça a importância das pesquisas oceanográficas para compreender os fenômenos invisíveis que ocorrem sob a superfície do mar e que desempenham papel fundamental no equilíbrio ambiental do planeta.

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