Diário Mais
A revista Nature publicou um estudo onde vários relatórios de análises cientÃficas concluÃram que o núcleo do planeta diminuiu sua velocidade
Cientistas descobriram que núcleo da Terra desacelerou / Foto de Pixabay/Pexels
Continua depois da publicidade
O núcleo da Terra, intrigante e misterioso, é a camada mais interna do planeta, localizada abaixo do manto. Ele é composto principalmente por metais (ferro e níquel), e desempenha um papel crucial na dinâmica interna do globo, influenciando processos como o movimento das placas tectônicas e a formação do campo magnético.
Mas o que poderia acontecer se a rotação desse núcleo desacelerasse ou, simplesmente, parasse de girar?
Continua depois da publicidade
Evidências científicas apontam que a rotação do núcleo da Terra tem sofrido alterações há algumas décadas, mas não há uma opinião formada pelos especialistas sobre o que poderia estar causando isso.
"A rotação diferencial do núcleo interno foi proposta como um fenômeno nas décadas de 1970 e 1980, mas foi apenas nos anos 1990 que evidências sismológicas foram publicadas”, explica a Dra. Lauren Waszek, professora de ciências físicas na Universidade James Cook, na Austrália.
Continua depois da publicidade
A revista Nature publicou recentemente um estudo onde vários relatórios de análises científicas concluíram que o núcleo do planeta desacelerou, e que isso é um padrão que vem ocorrendo ao longo de décadas.
Os dados apontam que essas mudanças levam, em média, 70 anos para acontecer, segundo o coautor do estudo Dr. John Vidale, Professor de Ciências da Terra no Dornsife College of Letters, Arts and Sciences da University of Southern California.
Os impactos dessas mudanças para nós, seres vivos, também é algo de discussões, e eles podem acontecer a curto, médio e longo prazo, com gravidade variável, indo de sutil a intensidade moderada.
Continua depois da publicidade
Mudanças nessa rotação podem prejudicar a proteção natural da Terra contra os efeitos do sol (campo magnético), afetando satélites e sistemas de navegação e comunicação.
Atividades sísmicas e a atividade das placas tectônicas também devem sentir os efeitos, aumentando a probabilidade de fenômenos naturais de intensidade ainda não esclarecida.