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Cientistas apontam mudança na Antártida que pode assolar áreas dos EUA e Brasil

O Continente está perdendo gelo muito rápido, o que está abaixando a pressão que mantém parte de sua estrutura submersa

Jeferson Marques

Publicado em 30/08/2024 às 12:35

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Solo da Antártida está "subindo" para a superfície, o que não é nada bom / Foto de Hugo Sykes/Pexels

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Cientistas da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, publicaram no começo do mês os resultado de análises feitas na Antártida com relação as alterações em seu solo, e as conclusão não são nada animadoras.

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O que está acontecendo é o seguinte: o aquecimento global está aquecendo e derretendo boa parte do gelo da Antártida. Todavia, a velocidade com que isso está acontecendo parece ser maior do que as amostras até aqui apontadas.

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Com esse degelo forçado, parte do continente, até então submerso, está vindo para a superfície. É como se você colocasse uma meia em um balde de água e a deixasse submersa com uma pedra e, aos poucos, fosse quebrando partes desta pedra. O que aconteceria? Partes da meia, aos poucos, iriam para a superfície, já que você está tirando a pressão (pedra) que havia ali para mantê-la afundada.

Em resumo, o solo da Antártida está se levantando. Todo o continente está subindo, o que, segundo o estudo, é o que precede uma grande catástrofe natural, já que, com o aquecimento global desenfreado como está, o solo da Antártida está ficando cada vez mais elevado, e em um ritmo frenético, não permitindo que o recuo das camadas de gelo o acompanhe.

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Entenda isso observando a imagem abaixo, cedida por Terry Wilson, membro do grupo de estudos:

Na prática, ao invés de fenômeno ajudar no equilíbrio do nível dos oceanos, ele causaria o efeito contrário, com inundações à curto prazo, por exemplo, em Nova Orleans e Miami, nos EUA; Positano, na Itália; Lisboa, em Portugal; e, é claro, nas cidades costeiras da América do Sul, incluindo o Brasil. 

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Os mesmos cientistas falam que medidas drásticas e urgentes contra o aquecimento global precisam ser tomadas "para ontem", pois, segundo eles, a única maneira de tentar evitar - ou minimizar - tragédias como essa, seriam ações diretas na redução da emissão de gases poluentes em todo o planeta.

*Com informações do Science Daily, Colorado Sun e Climate Central

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