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Esses incidentes causaram comoção nacional e tiveram consequências trágicas para os moradores e trabalhadores da região
Embora o incêndio na Ultracargo não tenha provocado vítimas fatais, 15 pessoas ficaram feridas / Luiz Torres/DL
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O litoral de São Paulo foi palco de dois dos maiores incêndios registrados no Brasil, ambos em locais de grande atividade industrial. O primeiro ocorreu em 1984, na Vila Socó, em Cubatão, e o segundo em 2015, na área industrial de Santos, nas instalações da empresa Ultracargo.
Esses incidentes causaram comoção nacional e tiveram consequências trágicas para os moradores e trabalhadores da região, além de levantarem importantes discussões sobre segurança em áreas industriais e habitacionais próximas a oleodutos e terminais.
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Em fevereiro de 1984, um dos acidentes mais graves da história brasileira aconteceu na Vila Socó, um bairro de Cubatão. A tragédia foi desencadeada por um vazamento de gasolina em um oleoduto da Petrobras, que conectava a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) ao Terminal de Alemoa, em Santos.
A tubulação passava perto da Vila Socó, uma área habitada por famílias que viviam em palafitas, um tipo de construção elevada sobre a água. A explosão e o incêndio resultante tomaram conta da região de forma rápida e devastadora.
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A causa do incêndio na Vila Socó foi atribuída a um erro humano, relacionado ao vazamento de combustível na tubulação. Em questão de minutos, o fogo se espalhou pela comunidade, pegando muitos moradores de surpresa enquanto dormiam.
O incêndio resultou em 93 mortes, marcando um dos capítulos mais tristes da história de Cubatão. Além das perdas humanas, o episódio trouxe à tona questões sobre segurança nas áreas próximas às indústrias e oleodutos, destacando a vulnerabilidade das populações que vivem em locais de risco.
Décadas depois, em 2015, outro grande incêndio ocorreu no litoral de São Paulo, dessa vez em Santos, nas instalações da empresa Ultracargo. O incidente começou com um erro nas tubulações de sucção e descarga, que causou a explosão de uma válvula em um dos tanques de combustível da empresa.
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Em poucos instantes, o fogo atingiu seis tanques de combustíveis, gerando um incêndio que durou vários dias e exigiu uma intensa operação de contenção.
Embora o incêndio na Ultracargo não tenha provocado vítimas fatais, 15 pessoas ficaram feridas. A maioria dos feridos eram funcionários e bombeiros que atuavam no combate às chamas.
A gravidade do incêndio, porém, despertou o receio da população local, que testemunhou a extensão das chamas e a fumaça densa que se espalhava pela região portuária. O episódio serviu como um alerta para a importância de medidas de segurança e preparação em áreas industriais próximas a zonas urbanas.
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Ambos os incidentes, em Cubatão e Santos, tiveram grande repercussão e resultaram em investigações sobre os protocolos de segurança das empresas envolvidas. No caso de Cubatão, a tragédia da Vila Socó evidenciou a necessidade de proteger melhor áreas habitacionais próximas a oleodutos e complexos industriais.
Já o incêndio na Ultracargo trouxe à tona a vulnerabilidade de grandes depósitos de combustíveis, que precisam de sistemas de segurança rigorosos para evitar novas tragédias.
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