Bananal é, hoje, um lugar tranquilo e cheio de história, com suas fazendas ainda preservadas / Reprodução/De Fora em Juiz de Fora
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Uma cidade pacata no Vale do Paraíba, entre São Paulo e Rio de Janeiro, guarda em suas ruas e casarões a herança de um passado que já fez dela um dos maiores centros econômicos do Brasil durante o auge do ciclo do café. Bananal é, hoje, um lugar tranquilo e cheio de história, com suas fazendas ainda preservadas.
Com uma origem ligada ao Caminho Novo, rota de tropeiros que levavam ouro e gado até o Rio de Janeiro, Bananal se desenvolveu com a expansão do café no início do século XIX, um produto altamente valorizado que transformou a cidade e a região.
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A cidade se expandiu como pouso para viajantes e tropeiros, e, em 1832, Bananal foi elevada a vila, e a influência política dos barões do café começou a se consolidar. Por volta de 1836, o município era o segundo maior produtor de café da província paulista, e os impostos de sua produção ajudaram a financiar São Paulo e o Brasil.
Os barões construíram casarões luxuosos com materiais importados – azulejos portugueses, cristais belgas e pinho de Riga – que hoje ainda preservam o charme do período e são verdadeiros monumentos da época.
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Durante o auge do café, Bananal chegou a cunhar sua própria moeda e foi, por um breve período, o centro econômico do país. A cidade possuía até mesmo seu próprio ramal ferroviário, construído para escoar o café para exportação.
Com a decadência do café no final do século XIX, a economia local mudou, e o gado leiteiro passou a ser a principal atividade da região. Mesmo com essa transição, Bananal segue como um retrato fiel da época dos barões do café, atraindo visitantes que buscam conhecer essa parte única da história brasileira.
Atualmente, os casarões, a estação ferroviária e a Igreja Matriz são testemunhos desse período próspero e compõem um circuito turístico que busca atrair visitantes e valorizar o patrimônio local.
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Bananal continua fascinando turistas e estudiosos com seu legado cultural, em uma cidade onde o tempo parece ter parado, mas cuja história ainda ecoa nos casarões e paisagens do Vale do Paraíba. Além disso, possui muita beleza natural com suas cachoeiras e rios.
Na Estação Ecológica de Bananal, a cachoeira Sete Quedas tem seu nome autoexplicativo, já que possui 7 quedas independentes. Sendo assim, você pode fazer a trilha e ver quantas quiser. Para visitá-la, é necessário agendar previamente.
Na propriedade da cachoeira do Bracuí, o rio tem uma queda pequena mas oferece uma vista única da Baía de Angra dos Reis. Além disso, também possui um poço de borda infinita.
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Construída no século 18, já foi cenário de novelas de época e atualmente é um hotel fazenda.
Oferece visitas guiadas com um café imperial ao final. É necessário agendamento prévio para a visita.
Com um passeio de 45 minutos próximo ao centro, a fazenda é muito bem conservada. Também exige agendamento.
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Por ser uma cidade antiga, seu centro histórico preservado é uma ótima atração gratuita para os visitantes. Lá, você consegue ver a Praça da Matriz e a farmácia mais antiga do país.
Erguida com estruturas pré-fabricadas de aço e totalmente desmontáveis, a antiga estação de trem é um clássico da cidade. É a única construção do tipo em todo o continente americano e possui peças importadas da Bélgica.