O grande fluxo migratório foi impulsionado pela descoberta do ouro / Divulgação/PMOP
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Fundada em 1711 como Vila Rica, a cidade hoje conhecida como Ouro Preto, localizada no interior de Minas Gerais, foi um dos principais polos econômicos do Brasil colonial.
Durante o ciclo do ouro, tornou-se a vila mais rica do país, atraindo milhares de portugueses e impulsionando o desenvolvimento cultural e econômico da região.
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Com igrejas imponentes, construções históricas e um passado marcado pela mineração, Ouro Preto preserva até hoje sua importância na história do Brasil.
Em 1700, Portugal possuía uma população de 1,7 milhão de habitantes. Quarenta anos depois, 600 mil portugueses haviam migrado para o Brasil, sendo a maioria para Minas Gerais.
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O grande fluxo migratório foi impulsionado pela descoberta do ouro, transformando a região em um dos principais polos econômicos da colônia. Nesse contexto, Ouro Preto, então conhecida como Vila Rica, se destacou como a cidade mais próspera do interior.
Apesar da abundância de ouro, a falta de comida era uma realidade, e itens de luxo, como botões de ouro em roupas velhas, eram comuns.
As procissões religiosas e a construção das maiores igrejas da cidade não foram lideradas pelos mais ricos, mas sim pelas irmandades.
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Essas organizações eram formadas por pessoas mais humildes, que se reuniam para prestar homenagens aos seus santos de devoção.
O ouro extraído da região só podia ser comercializado após passar pelas Casas de Fundição, onde era transformado em barras.
Antes de receber sua parte, os mineradores precisavam entregar 20% da produção para a Coroa portuguesa. Para evitar a tributação, muitos recorriam à produção de joias e botões de ouro.
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A riqueza extraída de Ouro Preto impulsionou a economia de outras regiões do Brasil.
O Norte fornecia gado para abastecer Minas Gerais, enquanto do Sul vinham as transportadoras das riquezas extraídas.
Em Vila Rica, profissionais como ferreiros, alfaiates e sapateiros prosperaram cobrando altos valores por seus serviços.
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O período também marcou o início da circulação dos primeiros documentos impressos no Brasil. Cartas e poesias com críticas ao governo começaram a surgir, impulsionando os primeiros movimentos pela abolição da escravidão e pela independência do Brasil.
As primeiras construções da região eram feitas de taipa, mas com o tempo, materiais mais resistentes, como pedra-sabão, passaram a ser utilizados.
O crescimento de Vila Rica levou à pavimentação de algumas ruas, porém, a infraestrutura ainda era precária.
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Apenas a Câmara e a Casa da Baronesa contavam com sistema de esgoto. No restante da cidade, o despejo de dejetos era feito por escravos, que os recolhiam em tonéis.
Apesar das adversidades, algumas escravas conseguiram comprar sua liberdade comercializando cocadas e frutas.
Em 1750, a carta de alforria custava cerca de 150 mil réis, um valor um pouco mais alto do que o de uma casa simples, que podia ser adquirida por 120 mil réis.
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Foi no ano de 1823, após a Independência do Brasil, que Vila Rica recebeu de Dom Pedro I o título de Imperial Cidade de Ouro Preto e tornou-se então a capital da Província de Minas Gerais.
Hoje em dia, a cidade de Ouro Preto é reconhecida por sua riqueza em história e beleza, com sua arquitetura barroca imponente que atrai visitantes de todo o país.
Foi declarada Monumento Nacional em 1933 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938 por seu conjunto arquitetônico e urbanístico
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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) declarou, em 5 de setembro de 1980, o município como patrimônio mundial.