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Centro de Paquera do Embaré une gerações no litoral de SP

Nos anos 80 e 90, a orla era marcada pela presença das icônicas barracas de sanduíches, conhecidas por reunir um público variado

Isabella Fernandes

Publicado em 27/10/2024 às 11:02

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Durante décadas, a Praia do Embaré, em Santos, foi um ponto de encontro popular para jovens e casais / Memória Santista

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Durante décadas, a Praia do Embaré, em Santos, foi um ponto de encontro popular para jovens e casais. Nos anos 80 e 90, a orla era marcada pela presença das icônicas barracas de sanduíches, conhecidas por reunir um público variado, especialmente nas madrugadas. O local ganhou o apelido de "Centro de Paquera do Embaré", ou simplesmente "CPE", consolidando-se como um espaço de convivência, atraindo moradores e visitantes de todas as idades.

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O surgimento do nome CPE remonta à época em que taxistas e outros usuários de rádios PX (um sistema de comunicação amadora similar aos usados pela polícia) faziam do local um ponto de parada. Entre as atividades realizadas, estava o "Caça à Raposa", uma brincadeira que envolvia localizar um veículo específico pelas ruas de Santos, seguindo dicas dadas pelo rádio. No entanto, o "Centro de PX do Embaré" rapidamente se popularizou entre os santistas como o "Centro de Paquera", em função do clima de interação entre os frequentadores.

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Nos anos 60, antes mesmo dos trailers, a área em frente à Igreja do Embaré já era conhecida por atrair jovens. Os trailers móveis com lanches e porções de comida funcionavam 24 horas por dia, de segunda a domingo, tornando-se parada obrigatória para casais e grupos que saíam das baladas. A atmosfera era vibrante, e o local foi consolidado como um dos principais pontos de encontro de Santos.

Em 1994, uma reforma reestruturou a orla do Embaré, e os antigos trailers deram lugar aos quiosques de alvenaria, que seguem funcionando 24 horas. A mudança trouxe uma aparência mais organizada e adequada ao local, mas o CPE continua sendo lembrado com nostalgia pelos santistas que viveram essa época e reconhecem sua importância na história social e cultural da cidade. A tradição de reunir pessoas e criar laços afetivos ainda permanece, adaptando-se aos novos tempos, mas com o mesmo espírito que marcou gerações.

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