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Calor violento como o de agora pode durar até 150 dias corridos em SP e litoral

As pessoas que sofrem de doenças crônicas estão mais vulneráveis à crises letais, principalmente os portadores de doenças cardiovasculares avançadas, por conta das temperaturas extremas

Jeferson Marques

Publicado em 22/01/2025 às 14:32

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São Paulo e o litoral do Estado podem ter até 150 dias corridos de calor intenso até 2050 / Foto de Rachel Claire/Pexels

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A cada novo estudo publicado sobre as mudanças climáticas e suas consequências, a preocupação aumenta.

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É evidente que a natureza está mais severa e que os eventos estão se comportando de maneira mais agressiva, com enchentes, terremotos, furacões fora de época e temperaturas extremas. E uma nova pesquisa divulgada pela APqc aponta cenários preocupantes até 2050 no Estado de SP e litoral.

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O estudo indica uma diminuição no volume de chuvas normais de épocas específicas, e um aumento de temporais severos e com potencial catastrófico no litoral. Ou seja, a falta de água, até 2050, pode ser um fator de grande preocupação em SP, já que a água é elemento fundamental para a sobrevivência humana.

Os dias muito quentes, como os que estamos vivendo agora, e as ondas de calor, também ganharão mais força até 2050, segundo o mesmo estudo, podendo durar até 150 dias com temperaturas muito altas em todo o Estado. Um risco grave para todos, principalmente às crianças e idosos, diga-se de passagem, que são mais vulneráveis aos extremos.

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O estudo é assinado por Gustavo Armani e Nádia Lima, do Instituto de Pesquisas Ambientais; Maria Fernanda Pelizzon Garcia, da Cetesb; e Jussara de Lima Carvalho, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de SP.

Em outro estudo recente a NASA já havia dito que o Brasil tem tudo para ficar inabitável até 2070, se nada for feito para frear o aquecimento global.

RISCOS

Com tanto calor, pessoas que sofrem de doenças crônicas estariam mais vulneráveis à crises letais, principalmente os portadores de doenças cardiovasculares avançadas.

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A desidratação seria um problema de saúde pública, já que, em altas temperaturas e de forma tão duradoura, como indica o estudo, o corpo tende a ter mais dificuldade em manter a sua temperatura interna normal, fazendo com que as pessoas transpirem muito mais e, assim, percam nutrientes importantes para o bom funcionamento das células.

As alergias de pele e respiratórias também ocorrem de maneira mais ativa no calor e com a atmosfera mais seca. Crises mais intensas de rinite, sinusite e de asma passariam a ser corriqueiras, e cada uma com seus diferentes tipos de riscos à saúde, a depender do estado físico de cada indivíduo.

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