Diário Mais

Brasil sofre com anomalia e está recebendo mais radiação solar, alertam cientistas

A Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos Estados Unidos (NGA) e o Centro Geográfico de Defesa do Reino Unido (DGC) colocaram essa preocupação em um relatório

Jeferson Marques

Publicado em 14/10/2024 às 16:14

Compartilhe:

Falha no Campo Geomagnético está deixando o Brasil mais exposto aos efeitos do sol / Foto de Kaboompics/Pexels

A Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos Estados Unidos (NGA) e o Centro Geográfico de Defesa do Reino Unido (DGC) divulgaram recentemente um relatório onde apontam que a anomalia no campo magnético da Terra está crescendo justamente na posição onde está o Brasil.

A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) está de olho no fenômeno.

O fenômeno é chamado oficialmente de Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AAs ou AMAS) e acontece quando o "escudo" protetor da Terra, que não permite que partículas carregadas do sol cheguem ao Planeta (tais como ventos solares e radiações cósmicas), não faz bem o seu papel, deixando essa proteção mais fraca e vulnerável.

Ele é chamado de "Campo Geomagnético".

O documento ainda diz que, recentemente, essa anomalia aumentou 7% e está se aprofundando para o oeste da América do Sul e sul do Oceano Atlântico. Não se sabe o motivo disso.

As partículas de radiação que eventualmente passarem por essa frágil defesa podem desencadear problemas mútuos em satélites e em sinais de rádio. Em alguns casos, podendo "derrubar" a comunicação destes mesmos satélites com o Brasil, por exemplo, o que geraria instabilidade tecnológica considerável.

Todavia, ela ainda não seria suficiente para atingir a saúde humana.

Em entrevista ao Ministério da Ciência e Tecnologia, André Wiermann, tecnologista sênior do Observatório Nacional - Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - esclarece que este crescimento é esperado e está dentro do normal.

“Quando os satélites passam pela região dessa anomalia eles podem entrar em stand-by (modo de espera) para que não sofram nenhum dano. É como um eletrodoméstico: se há uma oscilação no fornecimento de energia elétrica, o famoso ‘pico de luz’, recomenda-se que o aparelho seja desligado para que não queime. Quando a eletricidade é normalizada, ele volta a funcionar como antes. Da mesma forma, os satélites podem entrar em stand-by ao passar pela AMAS para que não sejam danificados”, finaliza Wiermann.

*Com informações do Terra, G1, NASA , NGA e Observatório Nacional

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Artigo

Comissão nacional coordena esforços da sociedade em prol do desenvolvimento sustentável

Ao incluir representantes do governo, sociedade civil, setor privado e academia, a CNODS promove um diálogo inclusivo e participativo

Itanhaém

Moradora se sente vitoriosa ao vencer o câncer de mama no litoral de SP

Ela conta sua a história de batalha contra o câncer de mama e como chegou ao diagnóstico da doença

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter