20 de Outubro de 2024 • 18:41
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A Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos Estados Unidos (NGA) e o Centro Geográfico de Defesa do Reino Unido (DGC) colocaram essa preocupação em um relatório
Falha no Campo Geomagnético está deixando o Brasil mais exposto aos efeitos do sol / Foto de Kaboompics/Pexels
A Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos Estados Unidos (NGA) e o Centro Geográfico de Defesa do Reino Unido (DGC) divulgaram recentemente um relatório onde apontam que a anomalia no campo magnético da Terra está crescendo justamente na posição onde está o Brasil.
A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) está de olho no fenômeno.
O fenômeno é chamado oficialmente de Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AAs ou AMAS) e acontece quando o "escudo" protetor da Terra, que não permite que partículas carregadas do sol cheguem ao Planeta (tais como ventos solares e radiações cósmicas), não faz bem o seu papel, deixando essa proteção mais fraca e vulnerável.
Ele é chamado de "Campo Geomagnético".
O documento ainda diz que, recentemente, essa anomalia aumentou 7% e está se aprofundando para o oeste da América do Sul e sul do Oceano Atlântico. Não se sabe o motivo disso.
As partículas de radiação que eventualmente passarem por essa frágil defesa podem desencadear problemas mútuos em satélites e em sinais de rádio. Em alguns casos, podendo "derrubar" a comunicação destes mesmos satélites com o Brasil, por exemplo, o que geraria instabilidade tecnológica considerável.
Todavia, ela ainda não seria suficiente para atingir a saúde humana.
Em entrevista ao Ministério da Ciência e Tecnologia, André Wiermann, tecnologista sênior do Observatório Nacional - Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - esclarece que este crescimento é esperado e está dentro do normal.
“Quando os satélites passam pela região dessa anomalia eles podem entrar em stand-by (modo de espera) para que não sofram nenhum dano. É como um eletrodoméstico: se há uma oscilação no fornecimento de energia elétrica, o famoso ‘pico de luz’, recomenda-se que o aparelho seja desligado para que não queime. Quando a eletricidade é normalizada, ele volta a funcionar como antes. Da mesma forma, os satélites podem entrar em stand-by ao passar pela AMAS para que não sejam danificados”, finaliza Wiermann.
*Com informações do Terra, G1, NASA , NGA e Observatório Nacional
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