Mas a disputa por empreendimentos de grande porte não se restringe a Santa Catarina / Unsplash/Clay LeConey
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A verticalização das cidades brasileiras segue em ritmo acelerado, impulsionada pelo avanço da construção civil e pela busca por projetos cada vez mais grandiosos.
Balneário Camboriú, conhecido por seus luxuosos arranha-céus, ganha destaque com o lançamento do Senna Tower, edifício que promete ser o residencial mais alto do mundo, com 509 metros de altura.
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Mas a disputa por empreendimentos de grande porte não se restringe a Santa Catarina. Cidades como São Paulo e Sorocaba também planejam erguer construções que desafiam os limites verticais do país.
A expansão dessas megaconstruções reflete um processo global de urbanização e adensamento populacional, mas também levanta questões sobre planejamento urbano, infraestrutura e impacto ambiental.
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Especialistas apontam que, embora a tendência seja inevitável, é fundamental garantir que essas construções estejam integradas às cidades e não se tornem apenas monumentos isolados.
Com um investimento estimado em R$3 bilhões, o Senna Tower será um marco na construção civil brasileira.
O edifício, projetado pelo grupo FG em parceria com a Havan, abrigará 228 apartamentos de alto padrão, incluindo unidades que podem chegar a R$200 milhões.
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Atualmente, a cidade já concentra oito dos dez maiores arranha-céus do Brasil, consolidando-se como referência no setor.
A verticalização em Balneário Camboriú foi impulsionada pela ampliação do potencial construtivo, permitido pelo Estatuto da Cidade de 2001.
Esse mecanismo deu liberdade aos municípios para atrair investimentos, o que transformou a cidade catarinense em um polo de edifícios altos, com crescimento expressivo na última década.
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Na capital paulista, a incorporação de arranha-céus também avança. O novo empreendimento da WTorre, localizado na zona sul da cidade, pretende ser o maior edifício corporativo do estado, com 219 metros de altura.
A construção ultrapassará o Platina 220, até então o mais alto de São Paulo, que foi inaugurado em 2022 no bairro do Tatuapé.
Empreendedores justificam a construção de edifícios mais altos pela logística e pelo atrativo de oferecer vistas privilegiadas, além de impulsionar a valorização imobiliária.
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Porém, o crescimento vertical exige um planejamento urbano adequado para evitar impactos negativos, como sombreamento excessivo e sobrecarga na infraestrutura.
No interior paulista, o prefeito de Sorocaba quer levar a cidade ao topo do ranking mundial. O plano é construir um edifício de 1 km de altura, superando o Burj Khalifa, nos Emirados Árabes.
O projeto prevê um investimento bilionário da iniciativa privada e a liberação de limites construtivos no centro expandido do município.
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Ainda sem investidores confirmados, a prefeitura já recebeu manifestações de interesse de diversas empresas e espera iniciar as obras ainda em 2025.
A expectativa é que o prédio se torne um atrativo turístico, movimentando a economia local e consolidando Sorocaba no cenário da construção civil.
Especialistas ressaltam que a construção de edifícios superaltos demanda infraestrutura adequada e planejamento urbanístico eficiente.
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O crescimento desordenado pode resultar em impactos negativos, como congestionamento, problemas no abastecimento de água e energia, e sombreamento excessivo de regiões urbanas.
Medidas sustentáveis, como reaproveitamento de água da chuva, uso de energia solar e projetos de urbanismo integrados, são alternativas para minimizar esses efeitos.
O Brasil segue a tendência global de verticalização, mas precisa ajustar suas políticas para garantir que esses projetos tragam benefícios reais para a população e o desenvolvimento das cidades.
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