A cratera de Colônia continua sendo alvo de diversas pesquisas / Reprodução
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No extremo sul de São Paulo, na região de Parelheiros, encontra-se um fenômeno geológico impressionante: uma cratera gigantesca formada pelo impacto de um meteorito. O local, que abriga atualmente o bairro de Vargem Grande, foi identificado na década de 1960 por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).
Acredita-se que o meteorito que atingiu a área possuía cerca de 200 metros de diâmetro. O impacto teria ocorrido entre 36 milhões e 5 milhões de anos atrás, criando uma depressão de 3,6 km de largura, aproximadamente 300 metros de profundidade e bordas elevadas de 120 metros.
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A cratera de Colônia continua sendo alvo de diversas pesquisas. O primeiro registro acadêmico sobre o local surgiu em 1961, por meio de um artigo publicado no Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia.
Desde então, cientistas têm analisado a evolução ambiental da região, buscando compreender a expansão e retração da Mata Atlântica, além do desenvolvimento e extinção de espécies ao longo do tempo.
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Atualmente, pesquisadores da USP, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) seguem investigando a história geológica e ecológica da cratera.
Ao longo das décadas, o crescimento urbano trouxe ocupações irregulares para dentro dos limites da cratera. Em 1989, a expansão populacional levou à formação do bairro de Vargem Grande, que hoje abriga cerca de 40 mil moradores.
Para proteger essa área de grande relevância geológica, foi instituído, em 2007, o Parque Natural Municipal (PNM) Cratera de Colônia.
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A criação do parque buscou minimizar os impactos ambientais causados pelo avanço da urbanização e garantir a preservação da região.
O Brasil possui apenas cinco crateras de impacto conhecidas, enquanto no mundo existem cerca de 70 estruturas semelhantes.
O que torna a cratera de Colônia única é sua proximidade com uma grande cidade, estando localizada a apenas 35 km do centro de São Paulo.
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Por sua importância geológica, a cratera é considerada um patrimônio natural tombado pelo Condephaat, reforçando seu valor científico e histórico dentro do território brasileiro.