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Ave símbolo do Paraná pode ser encontrada em áreas preservadas do litoral de SP; conheça

São aves inteligentes, com pelo menos 14 tipos de gritos vocais, talvez por isso atribuem o nome de gralha para uma pessoa que é muito falante

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 11/02/2025 às 14:36

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Seu nome científico significa Corvo azul intenso ou corvo azul celeste / Foto: Nelci Kaletka

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A Gralha-azul (Cyanocorax caeruleus) é a ave símbolo do estado do Paraná, de acordo com a Lei Estadual n. 7957 de 1984. Mas você sabia que é possível ver essa linda ave na maioria das cidades do Litoral de São Paulo. Então não voe daí e fique para saber mais desta história direitinho.

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Primeiro, é interessante dizer que o Paraná é famoso pela Mata das Araucárias e a Gralha Azul está associada a este bioma, embora seja muito mais comum em áreas de Mata Atlântica da planície litorânea. No folclore do estado, a formação e a manutenção deste tipo de mata são atribuídas a este pássaro, como se fosse uma missão divina, fazendo as espingardas explodirem ou falharem quando para ele apontadas. 

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Seu nome científico significa Corvo azul intenso ou corvo azul celeste. A espécie não possui dimorfismo sexual, embora as fêmeas sejam menores. São aves inteligentes, com pelo menos 14 tipos de gritos vocais, talvez por isso atribuem o nome de gralha para uma pessoa que é muito falante.  Formam bandos de 4 a 15 indivíduos hierarquicamente bem organizados que se mantêm estáveis por até duas gerações.

Alimenta-se de frutos diversos, pinhão, ovos, filhotes de outras aves, pequenos vertebrados, invertebrados e restos de alimentos, como pão. No período reprodutivo, todos os indivíduos colaboram na construção de ninhos nas partes mais altas das mais altas árvores, onde são postos 4 ovos, em média, com coloração azul-esverdeados com numerosas manchas claras.

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A gralha-azul é considerada a principal disseminadora da araucária uma vez que, quando as araucárias frutificam, bandos dela estocam os pinhões para se alimentarem posteriormente. Neste processo, encravam os pinhões no solo ou em troncos caídos, locais propícios para a formação de uma nova árvore.

Apesar disso, não é uma ave típica e exclusiva dos pinheirais, pois habita também regiões de Mata Atlântica ou mesmo ilhas florestadas da baía de Paranaguá (litoral paranaense). Está presente também em grande parte dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e de São Paulo.

O Diário do Litoral já contou a história do pássaro Bico-de-lacre, que é nativo da África e foi introduzido no Brasil através de navios negreiros para servir como pássaro de estimação. 

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Outra espécie que também não é originária do Brasil é o pardal. O pássaro era nativo do Oriente Médio e  chegou ao país por volta de 1850.

No litoral de São Paulo, pode ser encontrada principalmente em Bertioga, Cananeia, Iguape, Ilha Comprida, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e São Sebastião, onde membros do Wikiaves registraram a espécie.

No estado de São Paulo, além destas cidades, a Gralha Azul pode ser encontrada na maioria das cidades do Vale do Ribeira, mesmo naquelas além da rodovia BR 116, como Apiaí e Juquiá, por exemplo.

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No ano passado, uma ave da espécie Trinta-réis-escuro foi fotografa em Peruíbe. O pássaro é raro no litoral de São Paulo.

Essa reportagem contou com informações do portal wikiaves.

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