SP e litoral do Estado terão um mês de agosto de extremos / Foto de Henrik Le-Botos/Pexels
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O nome da anomalia assusta: Fase Negativa do Modo Anular Sul, ou, simplesmente, Oscilação Antártica (AAO, da silga em inglês), e consiste na mudança dos ventos em toda a região da Antártida, que tem influência direta no Hemisfério Sul. Todavia, quando estes mesmos ventos diminuem, essa condição tem potencial de afetar regiões distantes, como o Brasil, e é isso que veremos durante o mês de agosto, principalmente em SP e em seu litoral/Baixada Santista.
A AAO começa em altitudes consideráveis, como acima de 30 quilômetros de altura, justamente em uma camada da atmosfera chamada de "estratosfera". Quando nela está muito calor, ela empurra a AAO para sua fase negativa, que vai descendo, gradualmente, até a superfície. E é aí que essa anomalia age no clima de várias regiões do planeta.
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Falando de SP e do seu litoral, teremos um mês de agosto "meio maluco".
Nos primeiros dias, probabilidade de mais chuvas e umidade relativa do ar mais alta (com exceção do interior do estado, que seguirá mais seco e quente).
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Todavia, a partir do meio do mês, tempo seco, com temperaturas acima da média na capital e umidade do ar baixa. Dois extremos em menos de 30 dias.
Especificamente o litoral de SP e Baixada Santista não devem registrar temperaturas tão altas como a capital de SP, todavia, as oscilações atmosféricas da anomalia trarão chuvas até 15/08 e seca, possivelmente, por até 15 dias, fechando o mês.
O início da primavera em SP e litoral tende a ser com chuvas na média normal para o período, ou um pouco acima desta média, quando a anomalia AAO perde a sua intensidade e permite que a La Niña ganhe mais espaço.
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