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Ameaçado de extinção, papagaio furtado no Orquidário é raro e só existe no litoral

Espécie foi levada juntamente com seis Saguis-de-tufo-branco e um Sagui-da-serra-escuro, no último domingo (13)

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 17/10/2024 às 17:09

Atualizado em 17/10/2024 às 17:19

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O Papagaio-de-cara-roxa vive somente nos litorais de São Paulo e do Paraná / Pedro Behne

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Um Papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) está entre os animais furtados do Orquidário Municipal de Santos, juntamente com seis Saguis-de-tufo-branco e um Sagui-da-serra-escuro, no último domingo (13), conforme noticiou o Diário do Litoral, mas você sabe que tipo de ave é essa?

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Ameaçado de extinção, o Papagaio-de-cara-roxa vive somente nos litorais de São Paulo e do Paraná e em mais nenhum outro lugar do planeta. No estado paulista, existe uma população entre Ilha Comprida, Cananéia e adjacências e uma outra isolada vivendo entre Peruíbe e Itanhaém.

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Em meados deste ano, o Grupo de Observadores de Aves de Peruíbe (GOA Peruíbe/Litoral de SP) e o Centro de Estudos Biológicos Cara Roxa (CEB) realizaram uma contagem de forma simultânea da espécie, que contabilizou 454 papagaios vivendo entre as duas cidades da Baixada Santista.

Vale lembrar que esse número pode ser maior, se considerar que a área rural dos dois municípios tem grande trecho de mata inacessível aos recenseadores. Por outro lado, a contagem realizada ao mesmo tempo em todos os pontos serviu para evitar que uma ave fosse contada mais de uma vez.

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Já em 2018, uma contagem total em toda área de ocorrência do Amazona brasiliensis, feita pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), contabilizou 9.112 indivíduos, sendo 7.366 no Paraná e 1.746 em São Paulo.

Ameaçado de extinção

Não se sabe por quanto tempo esse papagaio enfeitará os ares da região, pois, infelizmente, a ave está ameaçada de extinção, classificada como vulnerável na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais das espécies ameaçadas (IUCN).

As principais ameaças à espécie são a intensa caça coletiva, a destruição do habitat natural e as dificuldades encontradas nas tentativas de reprodução em cativeiro. O animal resgatado em Santos, inclusive, estava com um ferimento no olho.

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Este papagaio alimenta-se de frutos, insetos e larvas e toma água nas bromélias. É  bom saber que ele pode transmitir doença chamada “Psitacose”, através das fezes e poeira das penas.

De acordo com os especialistas, a distribuição desta espécie se estendia até o norte do Rio Grande do Sul, mas parece que já foi extinta naquele estado e em  Santa Catarina.

No Paraná, há registro nas cidades de Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Paranaguá e no Pontal do Paraná, enquanto em São Paulo ela já foi encontrada em Cananéia, Iguape, Ilha Comprida, Itanhaém, Itariri, Jacupiranga, Pariquera-açu e Peruíbe.

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