Os resultados apontaram que ser solteiro durante toda a vida pode acarretar desvantagens / Pexels/Burak Argun
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Uma pesquisa publicada na revista Psychological Science investigou a relação entre estado civil, traços de personalidade e satisfação com a vida.
O estudo analisou dados de mais de 77 mil europeus com mais de 50 anos, revelando que pessoas que permaneceram solteiras ao longo da vida tendem a pontuar mais baixo em satisfação com a vida, extroversão e abertura a novas experiências, quando comparadas àquelas que já tiveram parceiros.
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Além disso, os resultados apontaram que ser solteiro durante toda a vida pode acarretar desvantagens econômicas e médicas, especialmente em idades mais avançadas, quando a dependência de outras pessoas se torna mais comum.
A pesquisa se destacou por abordar diferentes conceitos de solteirice, indo além do estado civil atual. Os participantes foram divididos em categorias como nunca ter se casado, nunca ter convivido com um parceiro ou nunca ter experimentado relacionamentos duradouros.
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Os dados mostraram que pessoas que já tiveram relacionamentos, mas estão solteiras atualmente, apresentam níveis de bem-estar e características de personalidade mais elevados do que aquelas que nunca viveram vínculos afetivos profundos.
Baseando-se nos cinco grandes traços de personalidade, como extroversão, abertura, consciência, afabilidade e neuroticismo, o estudo revelou diferenças marcantes entre os grupos.
Indivíduos que nunca estiveram em relacionamentos pontuaram consistentemente mais baixo em extroversão e abertura, indicando uma possível dificuldade em formar conexões sociais e explorar novas experiências.
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Mesmo os solteiros que já compartilharam a vida com um parceiro tiveram melhor desempenho nesses aspectos, reforçando a ideia de que a vivência de relacionamentos pode influenciar positivamente a personalidade e o bem-estar.
O estudo também sugere que características como extroversão aumentam as chances de alguém formar relacionamentos, enquanto a introversão pode criar barreiras para a interação social.
Isso destaca o papel tanto dos fatores internos quanto das circunstâncias externas nos vínculos afetivos.
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Sob a perspectiva da agamia, que representa o desinteresse por relacionamentos amorosos, o estudo sugere que a escolha por não estabelecer vínculos afetivos ou formar famílias pode levar a uma sensação de solidão e insatisfação.
Essa opção de vida pode também trazer desafios econômicos e médicos, pois indivíduos que envelhecem sem apoio familiar precisam planejar com cuidado como lidar com a dependência de terceiros.
Assim, o estudo reforça a importância de repensar os parâmetros de felicidade e inclusão social, reconhecendo a diversidade de formas de viver e se relacionar.
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Viver em sociedades onde o casamento é amplamente esperado pode influenciar negativamente a satisfação dos solteiros.
Em países com altas taxas de matrimônio, como os do sul da Europa, a pontuação de satisfação com a vida dos solteiros foi ainda menor.
O estudo sugere a criação de programas voltados para prevenir a solidão, levando em consideração os traços de personalidade e as necessidades específicas de solteiros mais velhos.
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Construir uma rede de contatos baseada em relações significativas pode ser uma solução eficaz para aumentar a satisfação com a vida entre pessoas que optaram por não se casar.