Avião do Corinthians se envolveu em acidente em 1996 / Reprodução/DGAC do Equador
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Em 1996 o Corinthians já vivia o sonho de ganhar uma Libertadores da América. No dia 1º de maio, às 16h, a equipe comandada por Eduardo Amorim venceu o Espoli, do Equador, por 3x1, e carimbou a sua classificação para as quartas de final do torneio. Porém, quase que a volta ao Brasil não aconteceria por conta de uma tragédia.
No estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, no Equador, o Corinthians fez 3x1 nos donos da casa e garantiu a vaga na próxima fase da competição. Após as coletivas, toda a delegação seguiu para o hotel, jantou e, em seguida, partiu com destino ao aeroporto Mariscal Sucre, no Centro de Quito.
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Um Boeing 727-2B6 da cia aérea brasileira Fly aguardava jogadores, comissão técnica, parte da diretoria do timão, alguns torcedores que ganharam uma promoção para acompanhar a equipe, além de jornalistas.
Durante o procedimento de decolagem chovia muito e o avião não conseguiu ganhar a velocidade necessária para sair do chão. Cledir Joaquim da Silva, o piloto, percebeu que sua aeronave não levantaria voo e abortou o processo, freando o Boeing. Porém, com mais de 15 toneladas à bordo, o equipamento precisaria de muito mais pista para parar, o que não existia.
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O avião atravessou a pista, derrubou um muro e foi em direção a um barranco, onde haviam casas. Ele parou há poucos metros de despencar, suas asas atingiram algumas residências e uma delas pegou fogo. Justamente onde fica armazenado o combustível.
Houve pânico entre todos os passageiros e tripulação. O medo era de ocorrer uma explosão, o que ceifaria a vida de todos no mesmo segundo. Os bombeiros chegaram e, antes mesmo de inflarem uma escada, alguns jornalistas e jogadores conseguiram abrir as portas da aeronave e, literalmente, pularam.
Jogadores consagrados, como Ronaldo, Edmundo, Tupãzinho e Marcelinho Carioca faziam parte do time do Corinthians.
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Alguns se machucaram e até se queimaram, mas todos saíram vivos.
O relatório completo sobre o que ocorreu com o avião não está disponível pelas autoridades equatorianas, o que impede de entender os motivos do avião não ter atingido a velocidade certa para decolar.
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