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8 fatos sobre o incêndio da Vila Socó que você precisa saber

Com número extraoficial de 508 mortos, maior tragédia de Cubatão completa 40 anos neste sábado (20)

Luana Fernandes

Publicado em 23/02/2024 às 17:04

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Mais de 500 pessoas morreram e cerca de 3 mil ficaram desabrigadas após incêndio na Vila Socó / Reprodução

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Um dos incêndios mais trágicos da história do País completa 40 anos neste sábado (24): o incêndio da Vila Socó, em Cubatão. Em 1984, mais de 500 pessoas morreram e cerca de 3 mil famílias viram o lar ser consumido por chamas violentas na noite do dia 24 de fevereiro, uma sexta-feira de Carnaval. Para que tragédias como esta não se repitam é necessário relembrar cada ponto que fez com que um bairro inteiro fosse dizimado pelo fogo.

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Para isso, a reportagem do Diário do Litoral separou oito fatos importantes sobre o incêndio da Vila Socó. Confira:

1 - Número de mortos
Até hoje, autoridades e organizações que tratam sobre a memória deste caso contestam o número oficial divulgado pelo Governo na época. Lá em 1984, o número de mortos divulgados era de 93, que era a quantidade de corpos encontrados. No entanto, depoimentos de moradores e autoridades municipais da época garantem que o número de mortos na tragédia chega a 508.

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2 - Crianças e idosos
Há relatos que informam que o maior número de vítimas eram crianças: quase 300 estariam entre os mortos. O principal fato para chegar a este dado foi que muitas crianças não compareceram às escolas nas semanas seguintes ao incêndio. Muitos idosos também estavam entre as vítimas já que tiveram dificuldades de fugir do fogo na hora do incêndio.

3 - Vazamento em oleodutos
O estopim, literalmente, para que o incêndio fosse tão devastador foi o vazamento de 700 mil de gasolina no mangue sob as palafitas do local. Os dutos não aguentaram a sobrepressão e romperam durante a transferência de combustível.

4 - Negligência
Logo no início do incêndio, a Petrobras foi alertada sobre o vazamento. No entanto, a empresa declarou que não poderia tomar nenhuma decisão até a chegada do engenheiro responsável, que morava em Santos, cidade vizinha, naquela época. A espera de mais de uma hora até a chegada do profissional complicou os trabalhos de busca, segundo informações da Polícia Militar presente no local. A posição da Petrobras foi tratada como negligência.

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5 - Cenas de terror
Os relatos da noite de terror que marcou a cidade de Cubatão ainda se espalham pela memória de quem viveu a tragédia. Além das autoridades, moradores sobreviventes relataram a tristeza que era retirar os corpos do local. Famílias inteiras abraçadas e totalmente carbonizadas eram encontradas em meio aos escombros.

6 - Culpa 
A Petrobras admitiu sua culpa na tragédia: o vazamento foi provocado por falha na alimentação dos tubos, que eram velhos e estavam sem manutenção. Na época, oito funcionários da empresa foram condenados em primeira instância e absolvidos depois de recursos. Em junho de 2014, a Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo reabriu o caso para apurar responsabilidades de dirigentes da Petrobras e da Prefeitura Municipal de Cubatão no caso.

7 - Cheiro de gasolina
Na noite do dia 24, o cheiro de gasolina era muito forte no bairro. Alguns moradores afirmam que a culpa é da Petrobras, mas outros garantem que os moradores foram informados sobre o risco. Também há relatos de que algumas famílias estavam armazenando gasolina em casa, o que teria potencializado as chamas durante o incêndio.

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8 - Indenizações
Na época, a Petrobras indenizou todas as famílias prejudicadas pelo incêndio e ofereceu novas moradias aos sobreviventes. Logo após a tragédia, algumas famílias buscaram abrigo entre os próprios familiares ou foram encaminhadas para o Centro Esportivo da Cidade. Já as crianças que ficaram sem familiares foram encaminhadas para a Casa Menino Felipe.

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