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Economia digital avança e transforma hábitos de consumo no Brasil

A conectividade crescente, a popularização dos smartphones e a consolidação de novas tecnologias vêm moldando um novo comportamento dos consumidores

Da Reportagem

Publicado em 01/04/2025 às 10:47

Atualizado em 01/04/2025 às 10:48

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A economia digital tem se expandido de forma acelerada no Brasil / Unsplash

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A economia digital tem se expandido de forma acelerada no Brasil, redefinindo não apenas modelos de negócio, mas também os hábitos de consumo da população. A conectividade crescente, a popularização dos smartphones e a consolidação de novas tecnologias vêm moldando um novo comportamento dos consumidores, que hoje buscam mais agilidade, personalização e praticidade nas suas relações com marcas e serviços.

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Um reflexo claro dessa mudança está no crescimento do comércio eletrônico, dos pagamentos digitais e até das criptomoedas. Muitos brasileiros já acompanham em tempo real cotações de ativos digitais, como o ethereum valor, ao mesmo tempo em que fazem compras online, investem por aplicativos e utilizam carteiras digitais para transações do dia a dia. Essa integração entre tecnologia e economia está a criar uma nova lógica de consumo, mais ágil, descentralizada e empoderada.

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Compras online e a busca por conveniência

Um dos efeitos mais visíveis da economia digital é o avanço do e-commerce. De supermercados a lojas de roupas, passando por farmácias e eletrodomésticos, praticamente todo tipo de produto pode ser adquirido online hoje em dia. Essa mudança foi acelerada pela pandemia de COVID-19, mas o comportamento permaneceu mesmo após a reabertura das lojas físicas.

Os consumidores passaram a valorizar não só o preço, mas também a experiência digital: entrega rápida, facilidade de devolução, boas avaliações e atendimento via chat ou redes sociais tornaram-se critérios decisivos na escolha de onde comprar. A fidelidade à marca já não depende apenas da tradição, mas da capacidade de adaptação ao ambiente digital.

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Pagamentos digitais ganham protagonismo

O surgimento do Pix, lançado pelo Banco Central em 2020, foi um marco na forma como os brasileiros lidam com dinheiro. Em poucos anos, o Pix substituiu em grande parte as transferências bancárias, os boletos e até o uso de cartões de débito em algumas situações. Sua praticidade e instantaneidade conquistaram consumidores e empresas de todos os tamanhos.

Além disso, carteiras digitais como Mercado Pago, PicPay e Apple Pay tornaram-se comuns, especialmente entre os mais jovens. Essa revolução nos meios de pagamento mostra como a digitalização não afeta apenas o consumo de bens, mas também os instrumentos financeiros usados no dia a dia.

A ascensão das plataformas e o consumo por assinatura

Outro fenômeno associado à economia digital é o modelo de assinatura. Plataformas como Netflix, Spotify, Amazon Prime, entre muitas outras, consolidaram o hábito de pagar mensalidades para ter acesso contínuo a conteúdos e serviços. Esse modelo se estendeu a outras áreas, como alimentação (clubes de vinho, café), educação (cursos online) e até softwares corporativos.

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Para o consumidor, o atrativo está na previsibilidade de custos e no acesso fácil a um portfólio amplo. Para as empresas, significa receita recorrente e fidelização. Essa mudança reforça o quanto a lógica de propriedade está sendo substituída pela lógica de acesso e experiência.

Redes sociais e o poder da influência

Com o avanço da economia digital, o consumo também passou a ser fortemente impactado pelas redes sociais. Hoje, Instagram, TikTok e o YouTube não são apenas plataformas de entretenimento, mas verdadeiros motores de decisão de compra. Influenciadores digitais, criadores de conteúdo e reviews de usuários têm mais peso que propagandas tradicionais.

Além disso, ferramentas como o “comprar agora” integradas às redes encurtaram o caminho entre desejo e compra. Um clique é suficiente para converter visualizações em vendas, demonstrando como o consumo se tornou imediato, emocional e cada vez mais impulsionado por experiências compartilhadas.

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O consumidor digital é mais informado e exigente

Um dos grandes legados da economia digital é o empoderamento do consumidor. Com acesso a comparadores de preços, avaliações de produtos, tutoriais, fóruns e redes sociais, o comprador atual pesquisa antes de decidir, questiona práticas empresariais e valoriza marcas com propósito.

Esse comportamento exige das empresas uma postura mais transparente, responsiva e alinhada a valores. Quem não se adapta às novas exigências digitais tende a perder espaço rapidamente, pois o consumidor tem cada vez mais opções — e não hesita em mudar de marca quando necessário.

Desafios e oportunidades para as empresas brasileiras

Apesar dos avanços, a economia digital ainda enfrenta desafios no Brasil, como desigualdade no acesso à internet de qualidade, falta de educação digital em determinadas faixas da população e insegurança em relação à privacidade de dados.

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Por outro lado, esses obstáculos também representam oportunidades. Empresas que investem em inclusão digital, experiência do usuário e soluções acessíveis conseguem conquistar novos mercados e se posicionar de forma competitiva.

O ambiente digital também facilita o surgimento de novos empreendedores. Pequenos negócios, lojas independentes e profissionais autônomos podem alcançar públicos nacionais (e até internacionais) com custos reduzidos, graças a plataformas de vendas online, redes sociais e ferramentas de marketing digital.

O futuro do consumo

O próximo passo da economia digital no Brasil será o uso cada vez mais estratégico de dados e inteligência artificial para personalizar a experiência do consumidor.
Assistentes virtuais, recomendações automáticas e ofertas personalizadas já estão presentes em grandes plataformas — e devem se expandir para todos os setores.

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Com isso, a experiência de consumo será cada vez mais integrada, fluida e centrada no indivíduo. O desafio será equilibrar personalização com privacidade, garantindo que os dados sejam usados com ética e segurança.

A economia digital não é mais uma tendência futura — ela é uma realidade presente que já transformou profundamente o modo como os brasileiros consomem. Da forma de pagar à maneira de comprar, passando pelos canais de influência e até pela relação com as marcas, tudo mudou.

Empresas, governos e consumidores que souberem acompanhar essa transformação terão mais chances de prosperar num cenário cada vez mais digital, conectado e dinâmico. A tecnologia, quando aliada à inclusão e à inovação, tem o poder de impulsionar não só a economia, mas também a qualidade de vida e o acesso a novas oportunidades para milhões de brasileiros.

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