Cultura
Cristiane Sebastião fez um mergulho em suas memórias durante a pandemia. Publicação conta com ilustrações de Nice Lopes, também servidora municipal
A escritora explica que a publicação / Divulgação
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Um mergulho nas memórias da pandemia poderia ser uma dura atividade para a maioria das pessoas, mas para Cristiane Sebastião, professora da rede pública de ensino de Cubatão, esse processo foi de cura e gerou um livro. A publicação "Tratados dos Ventos na Maré-cheia" será lançada nesta sexta-feira (19) às 18h na Livraria Realejo, em Santos (Rua Marechal Deodoro, nº 2).
Apaixonada por literatura desde menina, Cristiane usou a primeira experiência como escritora para expressar um autocuidado neste período difícil de isolamento social. "Fiz um mergulho em mim e transbordei pelas palavras. É quase um relicário em que expresso memórias e sentimentos tão comuns a todas e todos nós", afirma.
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Os livros estão presentes também em seu trabalho: professora do Ensino Fundamental e servidora pública municipal há 15 anos, Cristiane faz da leitura uma prática diária junto às crianças da UME Padre Antônio Oliveira, escola que está lotada este ano. "Leio praticamente todos os dias pra elas".
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Mirou as mulheres, acertou a todos
A escritora explica que a publicação "Tratados dos Ventos na Maré-cheia" transita por vários gêneros literários como poesia, contos, cartas e relatos. É uma produção independente, sem editora, apenas com colaborações para a produção do livro. Uma das parcerias é com a também servidora pública e artista Nice Lopes que criou as ilustrações da capa e miolo do livro.
A publicação e o lançamento do livro agora em novembro foram propositais, explica Cristiane Sebastião. Ela quis que coincidisse justamente com o retorno presencial das atividades e o retorno gradativo à normalidade. Parte da produção será comercializada em livrarias e pela internet, mas o projeto também contará com distribuição participativa dentro do programa Garupa Literária que trabalha com distribuição de livros em espaços públicos e, possivelmente, nas comunidades em que a educadora atua.
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Pensado inicialmente para contemplar o universo feminino, Cristiane mergulha em sentimentos profundos como o medo, as dores da alma, o luto, as perdas... Singela e intensa, vai no cerne da condição humana que não tem gênero e que procura, assim como a autora, encontrar a esperança na próxima estação do ano.
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