Proteção animal

Papagaio recuperado no Ceptas de Cubatão é destinado ao Zoo de São Paulo

Durante dois meses de cuidados, a jovem ave ganhou novas penas e aprendeu a voar numa sala

Da Reportagem

Publicado em 17/02/2022 às 13:32

Atualizado em 17/02/2022 às 15:11

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Papagaio recuperado no Ceptas de Cubatão é destinado ao Zôo de São Paulo / Divulgação/Prefeitura de Cubatão

Mais um exemplo de que a natureza consegue se recuperar com a ajuda do ser humano vem de um jovem papagaio-da-cara-roxa que foi tratado pelo Ceptas (Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens) de Cubatão, mantido pela São Judas Unimonte. O animal foi destinado ao Zoológico de São Paulo há dois dias.

Segundo a veterinária do Ceptas, Priscilla Akiko Nakayama, o animal chegou em dezembro, após apreensão da Polícia Ambiental em uma residência em Itanhaém, em decorrência de uma denúncia. A espécie é encontrada no litoral de São Paulo e seu nome científico é Amazona brasiliensis. 

"Ele estava com suas penas em crescimento ainda, não voava e não se alimentava sozinho. Estava com muita fome. E, quanto ao comportamento, desde o início, aceitou a presença e manejo da equipe, mostrando já ter um comportamento domesticado", lembra.

Gradativamente, a equipe do Ceptas foi introduzindo uma dieta diversificada após alimentá-lo com papinha para filhotes de psitacídeos.  Durante dois meses de cuidados, a jovem ave ganhou novas penas e aprendeu a voar numa sala.

"A reintrodução à natureza é um trabalho bem mais longo e demanda uma estrutura diferenciada. Ele está bem e em quarentena. Caberá ao Zoológico    avaliar se é possível reintegrá-lo à vida livre.  Até o momento que o acompanhei, não acredito ser possível, já que se trata de uma ave já domesticada", destaca Priscila.

Denúncia  A recuperação do papagaio-da-cara-roxa só foi possível porque, além do tratamento adequado que recebeu no Ceptas, houve uma denúncia à Polícia Ambiental. Manter um animal silvestre sem autorização é crime ambiental.

Cerca de 70% dos animais em tratamento no Ceptas são aves, como o papagaio-da-cara-roxa, que chegam por meio de apreensões da Polícia Ambiental. O trabalho da unidade de Cubatão, mantida em parceria com a Prefeitura no Parque Cotia-Pará, é receber, tratar e cuidar do animal até a sua destinação. O Ceptas não faz resgates. 
O objetivo é sempre a soltura da espécie para devolvê-la à vida livre, mas nem sempre isso é possível.

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Sequelas  Dependendo do que aconteceu com o animal, ele fica com sequelas que o impedem de sobreviver no seu habitat natural, de caçar ou de se defender dos predadores. Nestas situações, o Ceptas faz a busca por vagas em instituições, como zoológicos e mantenedores, onde os animais possam ter uma vida digna fora da natureza.

Quando achar um animal silvestre, o procedimento correto é entrar em contato com a Polícia Ambiental, Guarda Civil Municipal (GCM) ou Secretaria de Meio Ambiente, que sabem para onde cada espécie deve ser levada.

Ceptas  Ligado ao curso de Medicina Veterinária da São Judas Unimonte, o Ceptas é referência no tratamento e na reabilitação de animais selvagens na Baixada Santista. Existe desde 2007 e, no Parque Cotia-Pará, em Cubatão, sua sede atual, funciona desde 2014, em parceria com a Prefeitura de Cubatão. Sua proposta é de preservação das espécies e sua reinserção na natureza, sempre que possível, ou seu destino a organizações ambientais credenciadas.

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