Cubatão

Obra de R$ 480 mil tem novo prazo

Praça Frei Damião deveria ser entregue no próximo dia 27; moradores reclamam do valor e da demora da reforma do local

Caroline Souza

Publicado em 03/12/2018 às 12:41

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Prefeitura alega que período de chuvas inviabilizou 60 dias de trabalho, provocando o atraso / Nair Bueno/Diário do Litoral

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O andamento e o valor da reforma e revitalização da Praça Frei Damião, em Cubatão, têm causado indignação entre moradores e comerciantes. De acordo com a população, a obra parece muito simples para os mais de R$ 480 mil anunciados como valor total. A obra deveria terminar no próximo dia 27, mas teve o prazo estendido em 60 dias.

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Com base na recente matéria do Diário do Litoral sobre o valor da reforma do muro do cemitério da Areia Branca, em Santos, de mais de meio milhão de reais, a reportagem esteve em Cubatão para verificar o andamento da obra e conversar com a população.

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“Acho um valor muito alto, porque o local parecia apenas cheio de mato”, relata Elisiana dos Santos. Ela trabalha próximo ao local e passa todos os dias por ali. “Minha tia também mora em frente, mas nem podemos usar a praça, não estamos vendo nada sendo feito”, analisa.

Josefa de Souza, que mora em frente ao local, compartilha da mesma opinião de Elisiana. “Até agora parece que só quebraram e colocaram cimento. Precisa desse dinheiro todo para isso?”, questiona. 

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A Prefeitura de Cubatão alega que 99% dos recursos são provenientes do Governo Federal e a fiscalização quanto ao seu emprego é feita pela Caixa Econômica Federal. 

Já quanto ao prazo de entrega, o longo período de chuvas teria impedido os trabalhos da equipe.

“Dos 120 dias de obra tivemos 60 dias de chuva”, comenta o secretário de obras, Benaldo Melo de Souza.

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“Tratando-se de uma obra a céu aberto, isso traz consequências na questão do prazo. Esse período de chuvas será adicionado ao prazo final da obra. Está sendo realizado, junto a Caixa, uma revisão do prazo para fevereiro de 2019”, complementa.

REFORMAS

“É uma praça para os moradores, mas a gente não consegue nem sentar. Podiam colocar brinquedos para crianças e academia para idosos no local”, menciona Josefa.

Segundo a Administração Municipal, é possível que “alguns munícipes não tenham no momento pleno conhecimento de todas as mudanças que estão sendo implementadas, sub avaliando o esforço empreendido”. 

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“A praça será dotada de acessibilidade, vai haver revitalização do campo de futebol, do ‘playground’, do coreto. Ela vai deixar de ser contemplativa e vai passar a ser uma praça onde vão se desenvolver atividades”, explica o gestor da obra e arquiteto da Prefeitura,  Amaury Barros.

USUÁRIOS DE DROGAS

Os munícipes também alegam que a praça era ponto para usuários de drogas e pessoas em situação de rua. “Hoje mesmo estávamos comentando que a gente achou que iam tirar o coreto, mas ele continua. Nunca tem show, só serve para abrigar as pessoas em situação de rua”, diz a comerciante Lourdes Oliveira.

A Prefeitura alega estar fazendo a revitalização paisagística e  removendo os arbustos altos e encostos dos bancos, que impediam a visualização de quem passava no entorno. Ainda segundo a Administração, essas medidas devem afastar os usuários de drogas. 

“Quanto mais a população utilizar, menos problema nós vamos ter com pessoas em situação de rua e usuários de droga. A iluminação também vai atrair o morador de volta para praça, que estava abandonada”, finaliza Barros.

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