médicos que prestam assistência básica nas unidades da saúde de Cubatão estão de braços cruzados / Divulgação
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Por falta de pagamento de salários, boa parte dos médicos que prestam assistência básica nas unidades da saúde de Cubatão estão de braços cruzados desde a última terça-feira (25) por estarem com os salários atrasados. Os (as) profissionais são contratados pela empresa terceirizada Organização Social (OS) Caminho de Damasco. O contrato é emergencial. Eles temem injustiças por conta da paralisação perante a opinião pública.
“Somos comprometidos com o acolhimento, a promoção de saúde e a prevenção de doenças. Da mesma forma que acolhemos as demandas de nossos territórios e pacientes, esperamos ser acolhidos em nossa demanda pelo pagamento do nosso salário atrasado há 10 dias - previsto atualmente para o dia 15 de cada mês. Até o início do ano, antes do primeiro atraso salarial, o pagamento era acordado para até o dia 10 de cada mês, ou seja, já estendemos esse prazo uma vez”, explicam em um comunicado subscrito por 16 profissionais.
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Eles explicam ainda que estão cansados da falta de resposta por parte da terceirizada e da própria Prefeitura. “Vínhamos trabalhando e sendo compreensivos até agora. Então, decidimos que, diante do atraso do pagamento e das informações imprecisas que nos foram passadas, sem a garantia que o salário referente ao mês de setembro será pago, paralisamos nossas funções até que o pagamento seja regularizado”, completa o documento.
Os profissionais destacam que a OS já abriu um canal de comunicação, mas a Prefeitura não. Alertam que há orientação para que a população não seja informada da paralisação, causando constrangimento.
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“É para informar que estamos em curso ou férias. Nós trabalhamos como colaboradores, não temos direito a férias e nem 13º salário. No entanto, temos o compromisso de cumprir horário, fazer escuta qualificada, numa cidade em que a atenção primária não é desenvolvida. Esperamos o pagamento até sexta-feira (21), mas nada”, disse um médico à Reportagem.
O profissional que conversou com o DL explica que, diferente dos terceirizados, muitos profissionais são contratados em regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e outros, como os agentes de saúde, são estatutários (concursados). “Estão querendo jogar a população contra a gente (terceirizado) por somente estarmos exigindo garantias mínimas de trabalho, como remuneração por serviço prestado. Estamos comprometidos com a atenção primária de Cubatão e contra a rotatividade de profissionais que se torna nociva à população”, finaliza.
O Diário aguarda posição da Prefeitura para atualizar esta reportagem.
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