Cubatão

Cubatão entrevista famílias para investigar causas da redução da cobertura vacinal

Inquérito de Cobertura Vacinal tem início em 25 de março e será realizado aos sábados

Da Reportagem

Publicado em 16/03/2023 às 12:42

Atualizado em 16/03/2023 às 12:47

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O objetivo é entrevistar pais ou responsáveis por 434 crianças nascidas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020 / Crédito: Eduardo Caetano

A cidade de Cubatão inicia em 25 de março o Inquérito de Cobertura Vacinal. O objetivo é entrevistar pais ou responsáveis por 434 crianças nascidas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020 (2 a 4 anos de idade) para levantar situação vacinal e as dificuldades para o cumprimento do calendário de vacinação.

A pesquisa será realizada pela Secretaria de Saúde de Cubatão em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e com a Faculdade de Medicina da Universidade São Judas. As entrevistas serão realizadas somente aos sábados e a previsão é de que estejam concluídas em quatro semanas. As casas visitadas serão sorteadas a partir do registro de nascimentos no município.

Os grupos de pesquisadores, identificados por camiseta do projeto, irão atuar simultaneamente em todas as áreas do município das 9 às 16 horas. Serão em torno de 60 pessoas em campo, entre alunos de medicina, professores e integrantes da Secretaria de Saúde. Em caso de dúvidas, as pessoas poderão ligar para o Serviço de Informação e Educação em Saúde do município no número (13) 3362-8766.

A PESQUISA

O objetivo do inquérito é estimar a cobertura vacinal aos 12 meses e aos 18 meses de idade no município e identificar fatores relacionados à redução da cobertura. Após a fase inicial, haverá uma nova etapa, qualitativa, com entrevistas.

PROBLEMA NACIONAL

Apesar dos avanços e do reconhecimento internacional, o Programa Nacional de Imunização (PNI) enfrenta desde 2016 a redução no alcance das metas preconizadas para as taxas de cobertura vacinal para as vacinas constantes do calendário nacional. De acordo com a farmacêutica e bioquímica Luciana Martins Rozman, servidora municipal que coordena o inquérito, a literatura especializada levanta algumas hipóteses sobre essa queda, que se acentua após o início da pandemia de covid-19 em 2020: "desabastecimento parcial de alguns produtos; falta de capacitação e treinamento dos profissionais de saúde, veiculação de notícias falsas, pandemia por Covid-19 e mudança do Sistema de informação". Ela ressalta o ressurgimento de doenças imunopreveníveis, principalmente surtos de sarampo entre 2018 e 2020, como registrado na Baixada Santista.

De acordo com informações do Ministério da Saúde de 2022, são registradas quedas na cobertura vacinal em todo o território nacional ano a ano desde 2018. A BCG, por exemplo, que previne contra formas graves de tuberculose, tinha uma cobertura de 95%, que caiu para 86,67% em 2019, 74,03% em 2020 e para 65,63% em 2021. Em Cubatão, a cobertura desse mesmo imunizante permaneceu no mesmo patamar em 2018 e 2019 (96,6% e 96,7%), porém registrou quedas em 2020 (91,4%) e 2021 (76,9%), chegando a 67,6% em 2022.

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