Cubatão

Cubatão: acesso gratuito para moradores próximos a Lagoa Azul pode virar realidade

Cubatenses que sempre usufruíram do ponto turístico reclamam não poder pagar a monitoria imposta após a regulamentação do atrativo

Luana Fernandes

Publicado em 06/02/2023 às 07:30

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A Lagoa Azul é um destino 'escondido' próximo do bairro Cota 95, em Cubatão / Divulgação/Cubatão Notícias

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Os moradores dos bairros Cota, em Cubatão, ou os mais próximos da famosa Lagoa Azul não gostaram da cobrança que agora é feita para acessar o local. Segundo eles, em reclamação encaminhada à reportagem do Diário do Litoral e também em comentários nas redes sociais, o agendamento e a cobrança por monitoria não deveria ser feita para os cubatenses que cresceram frequentando o local.

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“Acabaram com o turismo da cidade, cobrando dos próprios moradores para ir em uma cachoeira que eles já conhecem”, reclamou o atleta Diney Fernandes, em comentário na página Lagoa Azul e Paraíso, páginas que mostram as belezas destas cachoeiras. O mesmo acredita o cubatense Luiz Henrique, que entrou em contato com a redação para expor sua indignação: “a gente conhece aquela região, sabemos acessar a cachoeira, não deveriam cobrar dos moradores. Isso pode fazer as pessoas procurarem meios clandestinos de ir até o local”, explica o morador.

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No entanto, segundo a presidente da Associação de Monitores Ambientais de Cubatão e Costa da Mata Atlântica (AMAC), Lucielma Gomes, este problema pode estar perto de ter uma solução. Ao ser questionada sobre a questão, ela disse “o que sei é que a gestão estará colocando em prática atendimento gratuito para os moradores locais (dos bairros nas proximidades da Lagoa Azul)”, explicou.

A reportagem do Diário do Litoral também falou com a Fundação Florestal, responsável pela gestão do Núcleo Itutinga-Pilões, onde está situada a Lagoa Azul. A possibilidade de isenção para moradores não foi confirmada, mas - em nota - a assessoria do órgão explicou sobre os motivos para a cobrança no acesso ao ponto turístico e porquê ele precisou ser regulamentado.

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Segundo a fundação, o Núcleo Itutinga Pilões, do Parque Estadual Serra do Mar, não dispõe de portaria de cobrança, ou seja, não realiza nenhum tipo de cobrança. “Porém, alguns atrativos da unidade de conservação têm a contratação de monitoria ambiental, como é o caso da Trilha Cachoeira da Lagoa Azul, conforme Portarias SMA 195/2018, FF 331 e 332/2021”. A nota explica ainda que as tratativas de valores para a contratação do serviço são formalizadas diretamente com esses profissionais. Mais informações podem ser encontradas no nosso site de vendas e reservas online. https://itutingapiloes.ingressosparquespaulistas.com.br/home.

Já sobre o processo de regulamentação do atrativo, o órgão explica que inicia-se por meio de estudos preliminares realizados pela própria gestão da unidade com o objetivo de verificar a viabilidade de criação. “Feito essa etapa, o projeto inicial fica sujeito à liberação de recursos e/ou programas que possibilitem esse financiamento, seja através de parcerias ou com recursos da própria instituição. Após essas confirmações, o projeto segue para etapas de estruturação e sinalização do atrativo, bem como a classificação e análise de risco mediante normas ABNT e órgãos envolventes”.  

Para a gestão da trilha, a contratação do monitor ambiental autônomo, além de ser obrigatória para acesso à Lagoa Azul, é de suma importância para o Parque. “(Eles) apoiam a unidade no desenvolvimento de atrativos monitorados/guiados, onde é necessário o acompanhamento de um profissional capacitado durante sua realização. O monitor é responsável por garantir a segurança do visitante, planejar o roteiro, realizar atividades de educação ambiental, verificar as condições climáticas de forma prévia e monitorar todos durante o passeio”, explica.

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Além disso, ainda segundo a fundação, o projeto contribui de forma direta e indireta com a geração de renda local, além do desenvolvimento turístico na região, seguindo padrões nacionais quanto à integração das instituições, poder público e comunidade.

Eles concluem ainda que, para segurança dos usuários, o controle de acesso e fiscalização são realizados por equipes de fiscalização do Parque, além das operações de incursões realizadas em todas as áreas do Núcleo em conjunto com as respectivas Guardas Civis Ambientais dos Municípios e a Polícia Militar Ambiental. Os acessos irregulares são bloqueados e passam a ser monitorados e fiscalizados.

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