CAMP de Cubatão foi fundado no dia 1° de setembro de 1971 / Divulgação
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Foi no dia primeiro de setembro de 1971, que o português Mário dos Santos, juntamente com dezenas de colaborares, fundou uma das organizações sociais mais antigas de Cubatão: o Círculo de Amigos do Menor Patrulheiro de Cubatão.
Para marcar a data, a diretoria do hoje denominado Centro de Aprendizagem Metódica e Prática Mário dos Santos, juntamente com os colaboradores, atendidos e autoridades irá realizar no dia 1º de setembro, quarta-feira, às 9h, na sede da Entidade, uma Cerimônia de Abertura do “Ano Cinquenta”, a fim de homenagear os fundadores e comemorar o marco para as atividades promovidas pela Instituição.
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Incentivado pela iniciativa promovida na cidade de São Carlos pelo juiz de direito Marino da Costa Terra e sua esposa, a pedagoga Ophelia Pierroti da Costa Terra, Mário dos Santos tinha o objetivo inicial de tirar os jovens das ruas e lhes dar oportunidades de contribuir com o sustento de suas famílias vivendo em situação de pobreza.
Após a fundação, era preciso que as instituições pudessem colaborar com o projeto, oferecendo espaços para que os adolescentes fossem recrutados. A Câmara Municipal de Cubatão foi a primeira a aderir à ideia. Logo depois, a Prefeitura Municipal, que até então contava com os patrulheiros de Santos, passou a agregar os de Cubatão.
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Aos poucos, o comércio e a Indústria abraçaram a causa e assim se criava uma das Entidades mais importantes do município, garantindo aprendizagem, quando nem existia esse termo, e renda para as famílias, muitas vindas de outros Estados, em busca de melhores condições de vida, por meio do emprego no polo industrial.
Passados os anos, em 1983 a atual sede, localizada em terreno doado pela municipalidade foi inaugurada; a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, trouxe avanços para os direitos dos atendidos; a Lei da Aprendizagem (10.097/2000), trouxe outros, garantindo direitos trabalhistas; a luta de milhares de pessoas envolvidas na mesma causa por todo o país, garante, ainda hoje, muitas conquistas e forma a barreira contra retrocessos que teimam em se apresentar.
Diferente do que se acreditava, a Entidade manteve suas atividades, mesmo após a morte do fundador e incansável presidente, em 1996. Mas sem deixar que os valores que criaram as bases para a construção da Instituição se perdessem.
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O atual presidente, assim como os anteriores, é o ex-patrulheiro Alex Ferreira dos Santos. Por meio de sua gestão, apesar da pandemia que dificultou muito os trabalhos, foram feitas melhorias nas estruturas e na fachada da sede. Segundo ele, é preciso ampliar a qualidade do espaço, a fim de que os atendidos se sintam bem acolhidos. Para ele, uma estrutura bem equipada melhora também a qualidade dos serviços da equipe.
Também destaca que, sem aqueles que vieram antes, nada disso seria possível. “Ele preciso olhar para o passado e agradecer, porque, apesar de tudo o que enfrentamos, sem as bases sólidas, não conseguiríamos projetar mais cinquenta anos para o futuro”, conclui.