Premiação celebrou o trabalho do grupo com a concepção e apresentação do espetáculo Vila Parisi / Divulgação
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Com uma tradição forte que se estende por décadas, o cenário do teatro da Baixada Santista tem muito o que comemorar neste primeiro semestre de 2023. Disputando com grupos e instituições de todo o Estado de São Paulo, o Coletivo 302, de Cubatão, conquistou o 33º Prêmio Shell de Teatro na categoria 'Energia Que Vem da Gente'.
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A premiação celebrou o trabalho do grupo cubatense com a concepção e apresentação do espetáculo Vila Parisi, que conta para o público a história do bairro de mesmo nome que já não existe mais na Cidade. Em seu trabalho, Alisse Flora, Allana Santos, Maysa Juvino, Sandy Andrade, Tay O'hanna, Douglas Lima, Lípari e Sander Newton, junto com a ajuda e apoio de outros 20 profissionais, contam sobre a vida de operários que saíram de suas cidades atrás de um sonho no município caiçara.
"Em primeiro momento a gente ficou muito feliz e eufórico com essa possibilidade de reconhecimento. Acho que o prêmio Shell é um dos grandes prêmios de teatro do país e durante muitos anos ele esteve fadado a alguns tipos de artista desse eixo Rio-São Paulo", afirma Sander Newton, integrante do Coletivo 302 e sócio-fundador da Voduù Produções.
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"A gente viu vários outros corpos sendo premiados em uma noite que celebrou muito as questões da diversidade e ter o nosso trabalho junto com toda essa galera que está ali na base, fazendo seus trabalhos nos seus territórios, pra a gente é um motivo que honra muito a nossa trajetória. A premiação ela vem pela valorização da nossa pesquisa", complementa.
O espetáculo em questão também participou do Mirada - Festival Ibero Americano de Artes Cênicas, produzido pelo Sesc Santos, após apresentações terem sido feitas em Cubatão. Além disso, o grupo também já participou do evento com o documentário cênico Diário de Bordo: Vila Fabril.
Agora, de acordo com Sander, o Coletivo 302 já passa a planejar seus próximos espetáculos e uma apresentação que componha e conte sobre a história o incêndio da Vila Socó, ocorrido durante os anos 80 na favela de mesmo nome e que acabou se tornando em uma das maiores tragédias já vistas na Baixada Santista.
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"Esse é um momento que também desperta na gente uma sensação de continuidade, de fluidez pra coisa, e a gente quer agora voltar a apresentar mais vezes o [Vila] Parisi. Apresentamos muito pouco e temos intenção de fazer mais e queremos dar continuidade com outros trabalhos. Ano que vem a gente quer fazer a história sobre o incêndio da Vila Socó e sobre os 40 anos do incêndio. No ano que o grupo também vai completar seus dez anos de atividade. Então o prêmio ele traz esse reconhecimento e enche a gente de projeções de futuro esperando que algumas portas se abram pra que a gente possa dar continuidade nisso que a gente iniciou lá em 2018 e ainda tem um caminho longo pra trilhar", finaliza Sander.
Para quem quiser acompanhar a trajetória do Coletivo 302 e novidades sobre projetos futuros, é possível fazê-lo por meio do site do grupo, o www.coletivo302.com e também nas redes sociais da equipe, que podem ser conferidas no mesmo link.