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Em época de crise hídrica, o enredo da X-9 Paulista, última escola a desfilar no Grupo Especial de São Paulo, não poderia trazer um tema mais propício: a chuva. Com o enredo "Sambando na chuva, num pé d'água ou na garoa. Sou a X-9 numa boa", a agremiação tratou dos mais diversos assuntos ligados à água.
A tempestade que caiu durante o desfile da escola no ano passado serviu de inspiração para o samba deste ano. O desfile abordou diretamente a crise hídrica vivida por São Paulo. "Esperar por providência divina?", questionou inscrição de carro alegórico do volume morto.
A X-9 apostou também conscientização: uma das últimas alegorias, ornamentada com duas toneladas de lixo, lembrou que é preciso fazer o descarte correto para evitar enchentes na cidade.
O abre-alas da X-9, por exemplo, repleto de neons azuis, retratou a Arca de Noé e o dilúvio. Liderada por Gracyanne Barbosa, a bateria da X-9 fez homenagem ao clássico do cinema, Cantando na Chuva.
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Orixás ligados à chuva aparecem no segundo setor em alas e na segunda alegoria. Oxum, Iansã, Xangô, Nanã e Oxumaré estão entre as entidades representadas. Nas cores branca, lilás e dourada, a ala das baianas fez sua homenagem a esses orixás.
A seca do sertão também foi retratada em ala da X-9. As fantasias eram cactos e carcaça de gado - imagens comuns das regiões com pouca chuva. Reprodução do solo rachado na camisa dos integrantes foi outro detalhe interessante da fantasia.
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