Continua depois da publicidade
Um projeto para estender o teto da dívida dos Estados Unidos até o final de 2014 foi derrotado no Senado americano em votação preliminar neste sábado. A medida para elevar o limite de endividamento sem nenhuma outra proposta atrelada falhou em conquistar os 60 votos necessários para que se abrisse o debate. O plano teve 53 votos favoráveis e 45 contrários.
A votação aconteceu no momento em que líderes democratas e republicanos do Senado estavam em conversas sobre um acordo para reabrir completamente o governo e elevar o teto da dívida. Era improvável que os republicanos votassem a favor da elevação enquanto as conversas estivessem em curso, e nenhum deles o fez.
Republicanos haviam dito esta semana que se recusariam a elevar o limite do endividamento a menos que medidas de redução do déficit também fossem adotadas. O líder da maioria no Senado, Harry Reid, mudou seu voto para "não", ficando com a opção de trazer a medida ao plenário do Senado no futuro. Os dois congressistas republicanos de Oklahoma não votaram neste sábado. Um deles, James Inhofe, está se recuperando de cirurgia.
Os democratas criticaram os republicanos neste sábado por bloquearem a apreciação de uma lei para estender o limite de endividamento para além de 17 de outubro. Oficiais da Casa Branca alertaram que após esta data o governo deverá depender dos US$ 30 bilhões em Tesouraria e da receita a ser recebida para pagar suas contas.
Continua depois da publicidade
Os democratas alertaram que investidores devem em breve ficar preocupados sobre o potencial para um default, embora a data exata de tal evento, no caso da não elevação do teto da dívida, não seja clara. "Somos como homens vendados andando em direção à beira de um abismo e, se continuarmos andando, vamos cair", disse o senador Charles Schumer no plenário antes da votação. "Isso pode ser tão ruim ou pior do que a recessão de 2008", afirmou.
Republicanos disseram que seria irresponsável estender o limite de endividamento por mais de um ano sem dar nenhum passo em direção ao controle de despesas. "Eu não posso votar por uma elevação do teto da dívida sem endereçar nosso problema de endividamento", disse na sexta-feira o senador Lindsey Graham.
Continua depois da publicidade