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O grupo automobilístico alemão Volkswagen anunciou nesta terça-feira (13) que vai reduzir os investimentos em sua marca principal, a VW, em 1 bilhão de euros por ano.
O diretor da marca VW, Herbert Diess, afirmou, após uma reunião extraordinária, que a empresa focará na criação de tecnologia elétrica padronizada para carros de passeio e veículos comerciais leves. Ela também instalará motores a diesel -foco do escândalo que abala a empresa-, menos poluentes.
"A marca Volkswagen se posiciona de novo para o futuro. Vamos ser mais eficientes e reorientamos nossa gama de produtos e tecnologias principais", acrescentou Diess.
A empresa admitiu ter equipado 11 milhões de carros a diesel no mundo inteiro com o software que frauda testes de emissão. A eclosão do escândalo fez com que o presidente da companhia, Martin Winterkorn, renunciasse e fosse substituído por Matthias Müller, até então responsável pela marca Porsche.
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Agora, a marca principal do grupo Volkswagen quer criar espaço para o desenvolvimento de novas tecnologias com a aceleração do programa de poupança.
Na reunião, a empresa teria decidido instalar "o mais rapidamente" em motores a diesel as tecnologias SCR e AdBlue, utilizados para reduzir as emissões nocivas e cumprir a legislação europeia sobre emissões Euro 6 e as normas da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).
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A empresa alemã quer seguir desenvolvendo grandes volumes em série de veículos elétricos, um sistema de provisão de eletricidade de 48 volts, assim como sistemas de propulsão de diesel, gasolina e gás mais eficientes.
Alguns analistas disseram que o grupo pode ter gastos de até 35 bilhões de euros para reaparelhar veículos, pagar multas regulatórias, processos judiciais e outros custos.
Escândalo mundial
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Na quinta-feira (8) passada, a polícia alemã revistou a sede da Volkswagen em Wolfsburgo e outros escritórios do grupo, como parte da investigação do escândalo dos motores adulterados, informou a promotoria de Brunswig (norte da Alemanha) em comunicado.
No mesmo dia, o presidente da Volkswagen na América do Norte, Michel Horn, declarou ao Congresso americano que soube no começo de 2014 que as emissões de carros a diesel fabricados pela empresa não se ajustavam às normas nos Estados Unidos.
Ele disse, no entanto, que não soube de imediato sobre o software que fraudava os testes de emissão de poluentes dos veículos a diesel da companhia, e que teria sido avisado sobre ele apenas no início de setembro de 2015.
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De acordo com reportagem do jornal alemão "Bild am Sonntag", a fraude ocorre desde 2008. Por não encontrarem uma fórmula que os permitisse cumprir ao mesmo tempo os limites de emissões de poluentes como o de custos, engenheiros teriam recorrido naquele ano ao software para evitar que um projeto que era de grande importância para a companhia tivesse que ser paralisado.
O motor teria começado a ser produzido em série não só para o mercado americano, mas para o mundial.
No Brasil, o único modelo com motorização semelhante à envolvida na fraude global é picape média Amarok, que é produzida na Argentina e tem motor 2.0 turbodiesel. Esse modelo não é comercializado no mercado norte-americano, e a empresa ainda não divulgou uma lista oficial de produtos que estejam envolvidos no problema em outros países.
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Em janeiro, a companhia deve iniciar o recall dos veículos.
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