Quem for adquirir bilhete do VLT não vai poder mais pagar a passagem com dinheiro vivo / Arquivo/DL
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A partir de novembro, quem for adquirir bilhete do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) não vai poder mais pagar a passagem com dinheiro vivo, somente por intermédio de cartão de crédito ou mediante uso do Cartão BR, concedido pela Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU), concessionária do modal. A informação é do ator e funcionário público André Leahun, que acabou se aborrecendo esta semana, dentro de uma das estações do VLT.
“Acabo de ser levemente coagido a fazer um cartão do VLT sob a alegação de que em novembro não vão mais aceitar dinheiro e as meninas (funcionárias) não mais venderão passagens. Acho que isso é inconstitucional, não? Ninguém é obrigado a ter cartão de débito e a moeda corrente do País tem que ser aceita em qualquer lugar do Brasil”, desabafou, lembrando que, quando foi implantado o cartão-transporte, a situação foi a mesma. A população foi estimulada a fazer o cartão e muitos continuaram a pagar em dinheiro, situação que perdura até hoje.
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Um outro usuário lembra que o motivo seria a grande quantidade de assaltos dentro das estações. Recentemente, os funcionários da BR Mobilidade levantaram o problema. Alguns foram vítimas mais de duas vezes e, somente em uma semana, oito assaltos chegaram a ocorrer. Os bandidos levam de dinheiro a objetos pessoais. Um arrastão chegou a ocorrer em São Vicente.
Funcionários do VLT já diziam que a tendência era deixar de vender as passagens nas estações, justamente para não ficar com dinheiro, expostos os criminosos e, quando isso ocorresse, os usuários teriam de comprar cartões unitários ou recarregar o BR Card nas máquinas que ficam na entrada das estações. Os funcionários estariam por lá apenas para auxiliar os passageiros a utilizar o equipamento.
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BR Mobilidade
Durante todo o dia de ontem, o Diário do Litoral aguardou uma posição oficial da EMTU e da BR Mobilidade sobre a questão. À tarde, por volta das 18 horas, a Assessoria da BR foi cobrada por telefone e garantiu uma resposta. Mas, até às 19h20, nenhuma informação foi passada à Reportagem.