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O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deve começar a operar, de maneira assistida, em Santos, a partir de junho. A afirmação é do diretor-presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes. Isso representa um atraso de três meses em relação à previsão inicial da EMTU, que esperava que o modal chegasse até a estação Bernardino de Campos, em Santos, já em março.
Além disso, diferente do que foi dito em dezembro de 2014, o VLT só deve ir até a estação Pinheiro Machado, ou seja, uma estação a menos. O atraso no planejamento inicial se deu por causa do túnel que liga São Vicente a Santos.
“O túnel era para estar pronto em setembro. Foram necessários quatro métodos consultivos. Inicialmente, era para fazer o alargamento com dinamite e a Defesa Civil não permitiu. Tivemos que achar um segundo método, que também não deu certo, um terceiro e o quarto, isso trouxe certo atraso. Tivemos outras interferências como o remanejamento de duas adutoras dentro do túnel, que não contavam no cadastro”, explicou o diretor-presidente da EMTU.
Em junho, a população ainda não chegará à estação Bernardino de Campos, como também foi dito em dezembro. Isso porque a estação está em uma área que se encontra sub judice. Uma decisão da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), em fevereiro, determinou a suspensão dos trabalhos no trecho entre as avenidas Pinheiro Machado e Conselheiro Nébias.
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A situação preocupa, mas Joaquim Lopes mantém o otimismo em relação à questão. “Sendo otimista, acredito que teremos uma decisão nas próximas semanas, para que se conclua esse trecho e, em dezembro, possamos operar da estação Mascarenhas de Moraes até o Porto”.
Operação Percursora
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Ontem, a EMTU deu início à ‘Operação Percursora’, sem cobrança de tarifa, onde dois veículos, um em cada sentido, vão operar de segunda a sexta-feira, das 13 às 16h, atendendo a sete estações: Mascarenhas de Moraes, São Vicente, Emmerich, Nossa Senhora das Graças, José Monteiro, Itararé e João Ribeiro. O trecho de seis quilômetros demora, aproximadamente, 25 minutos para ser percorrido.
Segundo o diretor-presidente da EMTU, esta etapa é válida para ajustes em relação à operação e para analisar a interação entre população e o modal. “Temos muito que aprender nesse processo. É um processo de educação para recolher elementos que estamos ajustando. A população tem muito para nos ensinar e contribuir para esse processo. Também é uma maneira de disponibilizar o VLT para a população conhecer e nos ajudar a trabalhar um pouco esse sistema”.
Além disso, a operação também servirá para o futuro treinamento de condutores do modal, que, em dezembro, deve iniciar a operação inicial. Apesar da expectativa, o contrato com o consórcio BR Mobilidade Baixada Santista, formado pelas empresas Comporte Participações e Viação Piracicabana, ainda não foi assinado.
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Valongo só em 2018
Joaquim Lopes também falou sobre a situação da 2ª etapa do VLT, na região do Valongo, em Santos. Segundo ele, a previsão é que as obras desta fase durem dois anos após a assinatura do contrato.
A EMTU já solicitou a licença prévia de operação. O projeto básico deve ser apresentado em maio e a licitação para a obra deve sair no fim do ano.
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