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O presidente Vladimir Putin colocou em alerta máximo as tropas localizadas no centro da Rússia, disse hoje (21) o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, um dia depois de o Kremlin ter confirmado o reforço da presença militar na fronteira com a Ucrânia.
"De acordo com a sua ordem, desde as 11h de Moscou as tropas da região militar central, bem como as formações e unidades militares localizadas no seu território, foram colocadas em alerta total de combate", disse o ministro à agência de notícias russa Interfax.
As tropas foram colocadas em alerta depois de Vladimir Putin ter ordenado exercícios militares não programados entre hoje e 28 de junho, disse Shoigu.
Esse período cobre a duração do cessar-fogo decretado pelo presidente ucraniano. Ontem (20), o Kremlin criticou o anúncio do cessar-fogo, considerando que foi decidido sem os separatistas terem sido convidados para as negociações.
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O chefe de Estado-Maior do Exército russo, Valeri Gerasimov, disse que mais de 65 mil soldados, cerca de 180 aviões, quase 60 helicópteros e 5 mil unidades de equipamento militar participarão dos exercícios.
A decisão de Vladimir Putin surge um dia depois de o presidente da Ucrânia Petro Porochenko ter decretado um cessar-fogo de uma semana para a região Leste do país, cenário de combates entre forças ucranianas e separatistas pró-russos, que já provocaram centenas de mortos.
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Guardas fronteiriços ucranianos disseram hoje que o cessar-fogo está sendo ignorado pelos separatistas pró-russos, que continuam a atacar as forças governamentais no Leste do país.
Segundo o serviço ucraniano de guardas fronteiriços, três soldados ficaram feridos num ataque durante a noite a um dos postos de controle na região de Donestk, quatro horas depois da entrada em vigor do cessar-fogo.