Cotidiano

Vítimas filipinas do tufão Hainan pedem ajuda

Corpos são vistos nas ruas enquanto sobreviventes pedem alimentos, água e medicamentos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 11/11/2013 às 10:47

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

As ilhas Filipinas atingidas pelo furacão Hainan enfrentavam sérios problemas nesta segunda-feira. Corpos são vistos nas ruas enquanto sobreviventes pedem alimentos, água e medicamentos.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A polícia fazia a segurança de lojas para evitar que as pessoas saqueassem comida e água, mas também produtos não essenciais como televisores e esteiras. Apesar disso, faltam pessoas encarregadas de retirar os mortos, nem mesmo os que estão ao longo da principal via que leva ao aeroporto de Tacloban, a cidade mais atingida do país.

Duas autoridades disseram no domingo que o tufão, que atingiu as Filipinas na sexta-feira, pode ter matado mais de 10 mil pessoas, mas em razão da lentidão das ações de resgate, os números oficiais estão bem abaixo disso.

O Exército filipino confirmou 942 mortes e governos locais indicam que o número final só será conhecido nos próximos dias.

Continua depois da publicidade

"Eu não acredito que haja uma única estrutura que não tenha sido destruída ou seriamente danificada de alguma forma", declarou o brigadeiro general Paul Kennedy, do Corpo de Fuzileiros Navais norte-americano, após ter sobrevoado a cidade. Ele falou na pista do aeroporto de Tacloban, onde suprimentos eram descarregados de um avião de carga C-130, pertencente aos fuzileiros navais.

Uma sobrevivente recupera seus pertences em meio aos escombros de sua casa após a passagem do tufão Haiyan pela cidade de Tacloban (Foto: Associated Press)

Autoridades disseram que pelo menos 2 milhões de pessoas em 41 províncias foram afetadas por Haiyan, uma dos tufões mais fortes já registrados a atingir o território filipino.

Continua depois da publicidade

Soldados filipinos distribuíam alimentos e água em Tacloban e grupos de avaliação da Organização das Nações Unidas (ONU) e de outras agências internacionais eram vistos pela primeira vez. O Exército norte-americano enviou alimentos, água, geradores e fuzileiros navais para a cidade, a primeira parte da ajuda internacional para o país.

As autoridades retiraram cerca de 800 mil pessoas antes da passagem do tufão, mas muitos centros de abrigo - escolas, igrejas e prédios do governo feitos de tijolos - não suportaram os ventos e a elevação das águas. Autoridades disseram que pessoas que estavam nesses locais se afogaram ou foram levadas pelas águas.

O presidente filipino Benigno Aquino disse que estuda a declaração de estado de emergência ou imposição de lei Martial em Tacloban. O estado de emergência geralmente inclui toques de recolher, controles de preços e de abastecimento, instalação de postos de verificação policiais ou militares e aumento das patrulhas de segurança.

Continua depois da publicidade

Haiyan atingiu o litoral leste das Filipinas na sexta-feira e rapidamente se dirigiu para as ilhas centrais, com ventos de 235 quilômetros por hora e rajadas de até 275 quilômetros por hora.

A ONU disse que está enviando suprimentos para o país, mas o acesso às áreas mais atingidas é um desafio. "Chegar às áreas mais afetadas é muito difícil. O acesso limitado se deve aos danos causados pelo tufão na infraestrutura e comunicações", disse o representante do Unicef nas Filipinas, Tomoo Hozumi.

China

Continua depois da publicidade

A televisão estatal chinesa informou que as grandes ondas e fortes ventos do tufão Haiyan soltaram as amarras de um navio de carga no sul do país e impediram o resgate da tripulação.

O navio, que estava na ilha Hainan, foi levado para o alto-mar após a passagem do tufão, no domingo. Tentativas de resgatar a tripulação com o uso de lanchas e helicópteros tiveram de ser abandonadas.

A agência estatal de notícias Xinhua informou que dois corpos foram encontrados nesta segunda-feira e cinco tripulantes estão desaparecidos.

Continua depois da publicidade

O tufão não causou grandes danos na China. Ele tocou o solo no Vietnã nesta segunda-feira e está perdendo força gradativamente.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software