Continua depois da publicidade
O incêndio no Caminho São José poderia ter sido só um susto para os moradores do bairro. Mas passou a ser revolta quando, além do acidente, as vítimas tiveram que lidar com a maldade das pessoas.
Com o pernambucano Gilberto Antônio da Silva, 57 anos, foi exatamente o que aconteceu. Quando o fogo começou, ele foi ajudar os amigos da comunidade até ser avisado de que pessoas tinham destruído sua casa para saquea-la.
Quando chegou em casa, além de encontrar as paredes no chão, tinham levado o botijão de gás, microondas, roupas, colchão e suas ferramentas. “Eu faço tudo na construção civil, ainda posso trabalhar mas não tenho mais ferramentas. É revoltante porque todo mundo é pobre aqui”.
Leia também:
Continua depois da publicidade
Incêndio destrói 150 casas no Caminho São José, em Santos
O casal Diego Amaral Silva, 28, e Suellen Rodrigues Fernandes, 24, perdeu tudo, mas não foi para o fogo. “Não respeitaram nem o fato de minha mulher estar grávida. Ela deve dar à luz até 1º de setembro”.
Continua depois da publicidade
Doações
A Secretaria de Assistência Social (Seas) voltou ontem a entregar doações para as vítimas do incêndio no Dique da Vila Gilda, no Rádio Clube. Em uma hora, foram atendidas 84 pessoas. As ações estão concentradas no Centro de Convivência São José, que distribui os donativos enviados pelo Fundo Social de Solidariedade, Defesa Civil de São Paulo e a própria Seas. O atendimento às vítimas vai até as 18 horas.
Amanhã, os trabalhos recomeçam às 8 horas. Quem já tem cadastro na assistência social e não retirou donativos pode ir direto ao Ceconv São José, na Rua Tenente Durval do Amaral, 366. Quem não tem cadastro ou está em dúvida deve se dirigir ao Centro da Juventude da Zona Noroeste, à Rua Brigadeiro Faria Lima, s/nº, que também começa a atender às 8 horas.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade