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Desde o incêndio no dia 11 de agosto, os moradores da Vila Esperança, em Cubatão, estão sem suas casas e, agora, reivindicam ajuda da Prefeitura. Cerca de 20 famílias estão desabrigadas e acampadas em frente ao Paço Municipal desde domingo, dia 18.
Os manifestantes levaram colchões e cobertores para dormirem no local até que uma solução seja encontrada. Segundo uma das vítimas, o mecânico montador, Fabiano Vicente de Lima, a situação é urgente por estar de favor na casa de parentes e amigos.
“Vamos ficar por aqui até que alguém faça alguma coisa. Nós estamos morando de favor na casa de pessoas que não têm obrigação nenhuma de nos abrigar e a Prefeitura não está fazendo nada, não recebemos nenhum tipo de ajuda até agora”, esclareceu Fabiano.
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O mecânico disse, ainda, que as famílias pedem por uma moradia ou auxílio aluguel. “Só precisamos de um teto, nada mais. Tendo onde morar o resto é mais fácil”, falou. Ele explicou ainda que há nove dias eles levaram à Prefeitura uma reivindicação, mas não receberam nenhuma resposta, por isso decidiram acampar em frente ao Paço.
“Já que não obtivemos nenhuma resposta da Administração Municipal, vamos ‘morar’ aqui até que uma solução seja apresentada aos moradores atingidos pelo incêndio. É o mínimo”, concluiu o rapaz.
Esse é o terceiro protesto feito pelos moradores da Vila Esperança. Na primeira manifestação eles ocuparam a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, depois, no mesmo local, os moradores se organizaram em passeata e também fecharam a Rodovia. “Desta vez nós vamos ficar e lutar pela solução disso”, alertou Fabiano.
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Em nota oficial, a Prefeitura de Cubatão disse que o atendimento aos desabrigados pelo incêndio foi iniciado pela Secretaria de Assistência Social, no próprio dia do ocorrido, no instante que as equipes dos bombeiros realizavam o combate ao fogo. No dia seguinte, as famílias foram cadastradas no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), da Vila Natal, para onde se dirigiram segundo as orientações das assistentes sociais.
Todas as famílias vão continuar recebendo acompanhamento social por parte da Prefeitura até que regularizem sua situação habitacional. É importante informar, ainda, que todos os moradores que constam nos cadastros do projeto de urbanização da Vila Esperança estão garantidos no programa habitacional destinado à região. Vale salientar que o cadastro já foi efetuado tempos atrás e está congelado.
Por fim, a Prefeitura diz respeitar o direito de livre manifestação dos munícipes, mas ressalta que está cumprindo com todas as suas obrigações e todo o atendimento social às famílias e, comunica, ainda, que não possui recursos financeiros para a concessão de novos auxílios-moradia.
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