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O aumento da violência no Iraque já deixou mais de 6.200 mortos no país neste ano, o que levou as autoridades a pedir ajudar internacional no combate aos radicais antes da realização de eleições gerais, em abril. Nesta terça-feira, ataques realizados principalmente em áreas sunitas de Bagdá e nas regiões norte e oeste do país deixaram pelo menos 18 mortos.
Autoridades responsabilizam a Al-Qaeda pelos ataques, já que grupo teria ficado encorajado com a guerra na vizinha Síria, mas o governo iraquiano é alvo de críticas por não fazer o suficiente para atender às preocupações da minoria sunita.
Disparos e explosões de bombas foram registrados a oeste de Bagdá, assim como nas cidades predominantemente sunitas de Abu Ghraib, Falluja, Baquba, Mosul e Tarmiyah.
No mais violento dos ataques, duas bombas explodiram perto de prédios municipais de Tarmiyah, cidade ao norte de Bagdá que tem registrado vários ataques nas últimas semanas. Quando pessoas que estavam nas proximidades se aproximaram do local, dois suicidas detonaram os explosivos que levavam junto ao corpo.
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No total, sete pessoas morreram e 15 ficaram feridas. Em outros pontos do país, 11 pessoas morreram e várias ficaram feridas, informaram fontes das áreas médica e de segurança.
Mais de 6.200 pessoas foram mortas neste ano, apesar da instalação de vários postos de verificação em Bagdá e da quase onipresente presença das forças de segurança. Os alvos dos ataques vão de cafés a campos de futebol e de soldados em postos de verificação a autoridades do governo em seus carros.
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"As medidas tomadas pelo governo até agora não correspondem à importância das questões", disse Issam al-Faili, professor de história política da Universidade Mustansiriyah, em Bagdá. "A situação no Iraque está ficando séria...e o que o governo está fazendo não é nada radical, ele está adotando apenas medias menores."