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E os vigilantes de Cubatão não se cansam de protestar. Após a confusão da última terça-feira, dia 4, que parou a sessão da Câmara e quebrou a porta do gabinete da prefeita Marcia Rosa, os servidores permaneceram mais uma vez em frente a Prefeitura reivindicando o salário atrasado. A greve começou na terça-feira, dia 27 de Novembro.
“Vamos ficar aqui até nos atenderem e resolverem a situação. E, se até sexta não resolverem, segunda-feira (10) estaremos na porta da Marvin”, afirmou o diretor executivo do Sindicato dos Vigilantes do Litoral Paulista (Sintragen), José Arimatéa.
Segundo o advogado do sindicato, Walter Cardoso, a dívida hoje entre a Marvin e a Prefeitura é de aproximadamente R$ 6 milhões. “O salário do mês passado está atrasado e a primeira parcela do décimo terceiro não foi paga. Tem gente passando sérias dificuldades”, explicou. Além disso, Cardoso afirmou que há três meses não recebem vale-refeição e, há dois, não recebem vale-transporte.
Em resposta, a Prefeitura informou que “a Marvin vem recebendo pagamentos constantes, com atrasos que não superam os três meses. Portanto, dentro do período previsto pela Lei 8.666/93 para que as empresas fornecedoras possuam saúde financeira para honrar seus compromissos relativos à folha de pagamentos e demais termos de seu contrato”.
A Administração Municipal afirmou ainda que o 13º salário será pago dentro do prazo legal, em 20 de dezembro, conforme já anunciado.
Violência
Arimatéa fez questão de frisar que o sindicato e os vigilantes não concordam com atos de violência que ocorreram na última terça. “Nós do sindicato não temos nada a ver com isso. Viemos até aqui reivindicar nossos direitos com a nossa voz”, explica.
O mesmo afirmou a vigilante Ana Cristina Souza. “A manifestação começou na Câmara junto com os professores. Mas quem quebrou a porta não era de nenhuma dessas categorias”, afirmou.
Sobre o incidente, a Prefeitura divulgou uma nota de repúdio na noite da última terça-feira. “A Administração lamenta e repudia os atos de vandalismo. Não é possível aceitar que grupos alheios ao movimento dos trabalhadores façam uso político da crise financeira que o município enfrenta”.
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