Cotidiano

Vìdeo mostra jornalista sendo decapitado no Iraque

Em fevereiro de 2002, outro jornalista norte-americano, Daniel Pearl, do Wall Street Journal, foi decapitado por terroristas da rede Al Qaeda no Paquistão

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 19/08/2014 às 20:37

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Um vídeo postado nesta terça-feira na rede YouTube supostamente mostra um homem, identificado como o jornalista norte-americano James Wright Foley, sendo decapitado por um militante do Estado Islâmico. O vídeo, intitulado "Uma Mensagem à #América (do #Estado Islâmico)", já foi removido do YouTube.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Foley, um repórter fotográfico freelancer, desapareceu no noroeste da Síria em 22 de novembro de 2012. Em maio de 2013, uma reportagem da Columbia Journalism Review, da faculdade de jornalismo da Universidade Columbia, de Nova York, dizia que Foley estava sendo mantido por seus captores perto de Damasco.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Alemanha estuda envio de armas para curdos no Iraque

• Após acidente com sobrinho na Argentina, papa Francisco pede orações a fiéis

• Famílias de vítimas do MH17 receberão restos mortais

O vídeo traz um texto que diz: "Obama autoriza operações militares contra o Estado Islâmico, colocando a América numa ladeira escorregadia na direção de um novo fronte da guerra contra os muçulmanos". Na imagem, filmada num deserto, Foley aparece com a cabeça raspada, as mãos amarradas às costas e vestido com uma bata cor de laranja; atrás dele está um homem armado, vestido de preto, conforme mostram imagens estáticas publicadas pelo jornal britânico Daily Mail (e disponíveis aqui).

Voltado para a câmera, o jornalista lê uma mensagem endereçada a seu irmão John, que serve na Força Aérea dos EUA. "Eu morri naquele dia, John, quando os seus colegas jogaram uma bomba nessa gente, Eles assinaram minha sentença de morte", diz Foley. O jornalista também diz: "Chamo meus amigos, família e entes queridos a erguer-se contra meus verdadeiros matadores, o governo dos EUA. Porque o que vai acontecer comigo é apenas o resultado de sua complacência e criminalidade."

Continua depois da publicidade

Foley para de falar e seu executor dá um passo à frente, dizendo: "Vocês tramaram contra nós e saíram de seu caminho para achar motivos para interferir em nossos assuntos. Hoje, a sua força aérea militar está nos atacando diariamente no Iraque. Seus ataques causaram baixas entre os muçulmanos. Vocês já não estão combatendo uma insurgência. Somos um exército islâmico e um Estado que foi aceito por um grande número de muçulmanos em todo o mundo. Portanto, na prática, qualquer agressão ao Estado Islâmico é uma agressão aos muçulmanos de todos os ramos de atividade que aceitaram o Califado Islâmico como sua liderança. Portanto, qualquer tentativa sua, Obama, de negar aos muçulmanos seus direitos de viver em segurança sob o Califado Islâmico resultará em derramamento do sangue do seu povo."

Nesse ponto, o executor decapita o jornalista. Comentaristas citados pela Associated Press disseram que o sotaque do executor é britânico, possivelmente de Londres ou do sudeste da Inglaterra.

Depois do assassinato de Foley, o executor exibe no vídeo outro prisioneiro, também de joelhos e com as mãos amarradas às costas; uma legenda identifica o prisioneiro como Steven Joel Soltoff, um norte-americano que desapareceu na Líbia em agosto de 2013. O executor diz: "A vida deste cidadão americano, Obama, depende da sua próxima decisão."

Continua depois da publicidade

Em fevereiro de 2002, outro jornalista norte-americano, Daniel Pearl, do Wall Street Journal, foi decapitado por terroristas da rede Al Qaeda no Paquistão.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software