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O vice-prefeito de Niterói, Alex Grael, lamentou a morte da adolescente Júlia Gonçalves Damacena, vitima do deslizamento de uma encosta na noite desta quinta-feira (17) no bairro do Ingá. Ele disse que a prefeitura desenvolve, desde o início do ano, ações preventivas para redução do número de incidentes na região.
"Estamos trabalhando com ações preventivas. Não podemos aceitar o que aconteceu. Infelizmente tivemos um óbito e precisamos trabalhar para que isso não aconteça. Apresentamos o projeto Chuvas de Verão que está em operação nas comunidades. Fizemos um planejamento para estruturar as comunidades, e estamos realizando trabalhos de orientação da população," disse.
De acordo com moradores, a jovem trabalhava como babá e levava um menino de 3 anos e uma menina de 2 para a casa da mãe deles. Segundo testemunhas, a jovem recebeu todo o impacto do deslizamento para proteger os dois. Chovia forte no momento do incidente. As duas crianças sofreram ferimentos leves, e foram medicadas no Hospital Estadual Azevedo Lima.
"Minha casa está cheia de lama e terra aqui. Sempre acontece esse tipo de coisa. Precisou a menina morrer para juntar todo esse pessoal aqui no morro. Existem várias casas aqui que se chover de novo desabam, fora um monte de outras coisas como muros que caem e ninguém recolhe. É um absurdo", reclamou o comerciante Fernando Santos, que mora ao lado do local do acidente e viu tudo o que ocorreu.
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O presidente da associação de moradores do Morro do Palácio, Romilton Dias dos Santos, informou ter solicitado inúmeras vezes que a Defesa Civil realizasse visitas técnicas em vários locais do morro. "É sempre a mesma coisa. Era uma tragédia anunciada, assim como várias outras que, infelizmente, vão acontecer aqui. Nós estamos sempre pedindo uma assistência e só fomos atendidos agora que a Júlia morreu", disse.
De acordo com a Defesa Civil, duas casas permanecem interditadas até a emissão de uma laudo técnico definitivo, que deve sair no fim do dia. Os desalojados estão em casas de parentes e amigos.
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