Cotidiano

Vice-prefeito de Santos é alvo de novas denúncias

Eustázio é novamente atacado pela Sobreviver em Santos, que o acusa de improbidade administrativa na Capep. Caso já está no Ministério Público

Publicado em 02/08/2015 às 10:57

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No início desta semana, o vice-prefeito de Santos, Eustázio Alves Pereira Filho (PTB), protagonizou novas denúncias, agora relativas à sua gestão frente a Caixa de Pecúlios e Pensões dos Servidores Municipais de Santos (Capep) – autarquia com a finalidade de conceder assistência à saúde, pensão mensal familiar, pecúlio e auxílio- funeral aos funcionários públicos de Santos.

Pelo Facebook, o administrador da página Sobreviver em Santos, Victor Panchorra, em um vídeo de exatos 14 minutos, intitulado ‘vice-prefeito de Santos com os dias contados’, revela que o presidente da autarquia teria cometido improbidade administrativa ao conceder um benefício ao filho de uma servidora, contrariando normas internas da entidade que representa, aproveitando-se da ausência temporária dos advogados da Capep. 

Panchorra é suplente a vereador pelo mesmo partido de Eustázio. Ele chega até a questionar o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) sobre a insistência de manter o vice como presidente da instituição, responsável por administrar o dinheiro destinado ao amparo do funcionalismo. Panchorra garante que Eustázio cometeu improbidade administrativa e promete apresentar mais denúncias, todas documentadas. No vídeo, ele se compromete mostrá-las pessoalmente ao prefeito Paulo Alexandre.     

Eustázio Alves Pereira Filho está sendo acusado de cometer improbidade administrativa na Capep (Foto: Luiz Torres/DL)

MP e Câmara

A Prefeitura confirmou que as denúncias já estão em poder do Ministério Público (MP). Amanhã, a Câmara deve votar a convocação do vice-prefeito para que apresente explicações. O vereador governista Benedito Furtado (PSB) sugeriu, na sessão do último dia 29, que Eustázio renuncie e seja demitido da Capep. Ele havia descoberto, também pela Sobreviver em Santos, supostas irregularidades cometidas por Eustázio enquanto funcionário público estadual. O vice-prefeito alega não ter cometido atos ilícitos.

Existe um processo administrativo movido contra o vice-prefeito pelo Governo do Estado. Uma portaria, assinada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), exonerou Eustázio do cargo em 2001 por ter cometido falta grave. Ele era investigador de polícia efetivo.

Conforme o processo, Eustázio ficou afastado do cargo de investigador por cerca de dois anos, devido uma licença médica. Porém, continuou trabalhando no período, já exercendo função na Prefeitura de Santos e mantendo atendimento médico em consultório particular.

No despacho de exoneração assinado pelo governador, Pereira foi inabilitado a exercer função ou cargo público na esfera estadual por cinco anos e obrigado a restituir ao Estado o salário que recebeu durante toda a licença médica. A conta já estaria em cerca de R$ 500 mil.

Desde o mês passado, o vice-prefeito vem negando ter sido demitido por exercer cargo na Prefeitura enquanto estava de licença, alegando que parava de trabalhar nos dois cargos. Ele diz não pensar em deixar a Capep, exceto se o prefeito quiser. A Prefeitura informa que todas as denúncias serão apuradas e os pedidos de informação do MP respondidas no prazo legal.

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