Cotidiano

Vice-ministro diz que Síria vai reagir em caso de ação militar

Fayçal Moqdad disse hoje (4) que, mesmo em meio à ameaça de ação militar pelos Estados Unidos, o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, não vai se render

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 04/09/2013 às 15:01

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O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria (o equivalente às Relações Exteriores no Brasil), Fayçal Moqdad, disse hoje (4) que, mesmo em meio à ameaça de ação militar pelos Estados Unidos, deflagrando o que ele classificou como 3ª Guerra Mundial, o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, não vai se render.

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"O governo sírio não vai mudar de posição mesmo que haja uma 3ª Guerra Mundial. Nenhum sírio pode sacrificar a independência do seu país", disse Moqdad. "A Síria, nos termos da Carta das Nações Unidas, tem o direito de reagir à agressão que não tem justificativa à luz do direito internacional", acrescentou.

Moqdad disse que o país adotou todas as medidas para se defender em caso de ataque. "Os Estados Unidos e seus aliados mobilizam países amigos para uma agressão à Síria. Creio que a Síria tem também o direito de mobilizar seus aliados e de receber apoio deles.”

O vice-ministro destacou que o Irã, a Rússia, a África do Sul e países árabes “recusaram essa agressão e estão prontos a enfrentar a guerra que vai ser declarada pelos Estados Unidos e seus aliados na Síria". "Se a França quer apoiar a Al Qaeda e a Irmandade Muçulmana, como fez no Egito e em outras regiões, acabará por fracassar na Síria."

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O vice-ministro da Síria, Fayçal Moqdad disse que o país vai reagir em caso de ação militar (Foto: Divulgação)

Perguntado sobre a disposição do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de apoiar uma ação militar, se o Conselho de Segurança das Nações Unidas apoiar essa intervenção, o vice-ministro disse que os russos não mudaram de posição. "A posição da Rússia não mudou. É uma posição responsável de um país amigo que está a favor da paz."

A oposição síria e vários países ocidentais acusam o regime de Assad de usar armas químicas em ataques no último dia 21, nos arredores de Damasco, matando mais de mil pessoas. O conflito na Síria, que ocorre desde março de 2011, provocou mais de 100 mil mortes.

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