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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos, no mês de dezembro, apresentou inflação de 0,94%. A informação é do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Universidade Santa Cecília – Nese/ Unisanta. De acordo com o Nese, o índice é bem elevado, mas compatível ao período que geralmente apresenta aumento na inflação.
No ano, o índice atingiu 5,95%, pouco acima da inflação acumulada de 2012 que fechou o ano com 5,72%, o que demonstra a necessidade de medidas mais efetivas no sentido de conter a escalada inflacionária. O governo tem aplicado algumas medidas contracionistas visando a contenção da inflação através das políticas monetária e fiscal com elevação dos juros e impostos, notadamente, o imposto de renda. No entanto, não tem obtido êxito, pois o aumento da arrecadação vai totalmente para a conta de gastos do Governo devolvendo o dinheiro arrecadado em salários (custeio da máquina) e em pagamento de juros da dívida interna. A população vai se adaptando e tentando fugir da carga tributária (informalidade), os produtos importados dominam as vendas em detrimento do produto nacional cujos impostos os tornam não competitivos, portanto a redução dos gastos do governo é o caminho da solução que permitirá o efetivo controle monetário e fiscal.
Segundo apurou-se na pesquisa, cinco grupos apresentaram inflação, o grupo saúde teve deflação e a educação ficou estável. Destaque para grupo vestuário onde foi constatada forte elevação no mês. Na inflação acumulada do ano são identificados os grupos alimentação com inflação de 7,98%, despesas pessoais 7,96%, saúde 8,51% e educação 14,31% portanto contribuíram para a forte elevação da inflação.
No Grupo Habitação foi apurada inflação de 0,18% decorrente de aumentos nos preços de equipamentos eletrônicos e utilidades domésticas. O Grupo Alimentação teve forte inflação de 1,51%, destacando-se produtos industrializados com 1,46%, a carne bovina 3,85%, carne suína 8,07%, aves 7,41% e pescados 7,46%. Dos produtos in natura tiveram forte elevação, as frutas com 3,83%, tubérculos com 3,84% e ovos 1,82%. A alimentação fora do domicílio encareceu em 1,34% em média. As festas natalinas e o verão podem ser considerados os maiores responsáveis pelo forte crescimento dos preços na região.
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No Grupo Transportes foi constatada inflação de 1,05%, o aumento no preço dos combustíveis notadamente do diesel em 10,83% foi um dos fatores mais impactantes na inflação do grupo. No ano o grupo já teve inflação de 5,71%, sendo que o aumento do preço dos veículos novos foi de 7,63% em média.
No Grupo Despesas Pessoais houve inflação de 1,51% destacando-se aumentos de refrigerantes 5,38% e bebidas isotônicas 6,98% mas no acumulado do ano a água mineral apresentou aumento de 24,4%. Os brinquedos tiveram aumento médio de 8,5% e as viagens 6,84% no mês, acumulando aumento de 21,18% no ano.
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No Grupo Saúde foi constatada deflação de -0,01%, praticamente estabilidade de preços nos mês. No ano, o grupo saúde teve aumento médio de 8,51%, ou seja, acima da média da inflação. Este aumento decorreu de reajuste de preço dos serviços médicos e laboratoriais cujo aumento acumulado chegou a 15,6%.
O Grupo Vestuário apresentou deflação em novembro e em dezembro recuperou preços com forte aumento de 4,97%, aumento concentrado nas roupas de mulher cuja elevação no mês foi de 11,24%, as roupas de homem com aumento mais modesto de 1,1% e as roupas de criança com 0,11%.
O Grupo Educação apresentou estabilidade. Apesar do aumento dos livros didáticos a redução de preço no material escolar compensou. O grupo educação lidera na inflação acumulada com 14,31% em 2013.
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