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A dez dias das eleições, a Câmara de Santos puxou o freio de mão e baixou praticamente a zero o volume de trabalhos. A sessão de ontem, a 55ª ordinária do ano, foi marcada pela não votação de nenhum dos 19 itens da pauta (cinco projetos e 14 requerimentos de pedidos de informação).
A sessão foi atípica em sua primeira parte. Quando os trabalhos começaram, às 18 horas, muitos vereadores pediram a palavra para saudar os 21 vereadores jovens eleitos (e 20 suplentes) graças ao Projeto Câmara Jovem, uma iniciativa apresentada pelos vereadores Sandoval Soares (PSDB), Igor Martins (PSB) e Douglas Gonçalves (DEM). Basicamente, os parlamentares falaram da importância da participação juvenil na Política.
A primeira parte da sessão, das 18 às 20 horas, é reservada para os vereadores apresentarem projetos e requerimentos pedindo explicações de órgãos públicos. Só a partir das 20 horas, são discutidos e analisados os projetos e requerimentos da Ordem do Dia (como é conhecida a pauta da sessão).
A sessão também foi diferente pela presença em plenário do senador Eduardo Suplicy (PT), candidato à reeleição. Como é praxe nas visitas de autoridades, o presidente do Legislativo, Sadao Nakai (PSDB), permitiu que ele usasse o microfone do plenário.
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Com agenda apertada - ainda iria para Cubatão - Suplicy até que foi breve em sua fala, saudou os vereadores e fez até um pouco de campanha. Ele fez uma metáfora (figura de linguagem) se comparando a um time de futebol que tem bons jogadores, mesmo veteranos. Antes da saída de Suplicy do Plenário Oswaldo De Rosis, novamente vários vereadores pediram a palavra, desta vez para enaltecer o trabalho dele - que está há 24 anos no Senado. Isso sem contar os pedidos de fotos vindos de vereadores, mesmo de outros partidos, e de funcionários.
Quando a sessão de fato começou, apresentaram trabalhos Sadao Nakai e Evaldo Stanislau. A Mesa Diretora, então, vendo a pouca presença em plenário fez a contagem do número de vereadores. Não havia número suficiente. Outra chamada foi feita para que se entrasse na Ordem do Dia. E, às 19h41, os trabalhos tiveram de ser interrompidos porque haviam somente 8 vereadores - o quórum mínimo é de 11 parlamentares.
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